Em sua live semanal Conversa com o Presidente desta segunda-feira (19), o presidente Lula reafirmou a meta de seu governo construir, até dezembro de 2026, mais de 2 milhões de casas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com o presidente, além de moradias para beneficiar as família mais pobres, o governo também quer ampliar o benefício para a classe média brasileiras, para que todos possam ter acesso a um sistema de financiamento habitacional no país.
"É a realização de um sonho, qualquer trabalhador ou trabalhadora sonha em ter uma casinha, um lugarzinho, o chamado "ninho" para saber todo dia para onde vai voltar. A casa é um desejo, é o maior desejo do ser humano, pelo menos das pessoas mais humildes. A casa é um desejo sagrado principalmente para a mulher", reafirmou o presidente durante a conversa em que contou sobre a primeira moradia que comprou em sua vida, em São Bernardo Campo (SP).
Durante a conversa com o jornalista Marcos Uchôa, Lula falou também sobre vários temas, como a reunião ministerial que ocorreu na semana passada no Palácio do Planalto; questões ambientais, com o anúncio da Conferência do Clima (COP 30 em Belém do Pará; cultura, economia brasileira e destacou a sua agenda com o Papa Francisco durante sua viagem à Itália esta semana.
Lula festejou a queda da inflação e cobrou explicações do Banco Central sobre a taxa de juros, hoje mantida em 13,75% pela instituição. "Começamos a abrasileirar o preço da gasolina, a carne baixou, a inflação baixou, o arroz, o óleo. O dólar está caindo. E os juros precisam cair, porque não tem explicação", cobrou Lula.
"O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, que já sei porque ele não baixa, [mas] ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu, por que ele mantém essa taxa de juros de 13,75% em um país que está com uma inflação anual de 5%", enfatizou.
Encontro com o Papa
O presidente Lula viaja na noite desta segunda-feira para a Itália, onde terá encontros com o Papa Francisco e o presidente italiano Sergio Matarella, abordou o objetivo de sua visita ao chefe da Igreja Católica, para tratar de temas sensíveis como a campanha mundial contra a fome.
"Tomei a liberdade de ligar para o Papa e pedi para visitá-lo. Quero conversar sobre a guerra e sobre a desigualdade no mundo. Eu já tinha feito uma visita ao Papa antes da pandemia e falamos sobre o combate a fome. É preciso uma consciência mundial para nos indignarmos contra a fome no mundo. O problema não é falta de produção de alimentos", enfatizou o presidente.
O presidente abordou também as questões ambientas que têm afetando o planeta. O Brasil vai sediar em novembro de 2025, em Belém do Pará, a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30).
"Os desastres ambientais estão cada vez mais frequentes e isso é um aviso de que estamos destruindo o planeta. Se não cuidarmos, estamos nos condenando ao fim. A questão climática é algo verdadeiro e precisamos ter responsabilidade. Por isso, aqui no Brasil assumimos o compromisso de desmatamento zero até 203", alertou ele.
Já sobre a reunião ministerial de semana passada, o presidente Lula afirmou que foi uma das melhores que já fez. "Foram 40 falas, porque também tivemos os presidentes dos bancos. Harmonizamos a equipe do governo, em torno do objetivo de fazer o Brasil dar certo. Falamos muito em transversalidade, e é importante que cada ministro saiba o que o outro está fazendo", informou o presidente.
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Fonte: pt.org.br