O meu amigo Jorge Matos, editor do portal HojeBahia, me criticou por eu ter mandado os leitores da crônica anterior a esta, que não soubessem o que é 'lauda', irem se explodir..
- Antes de agredir os leitores, você podia explicar o que é lauda. Disse ele, em tom um tanto quanto professoral. Tasquei o meu característico "oxi, aonde!", bem representativo do meu não consentimento com a reprimenda, mas ele foi mais ágil:
- Na próxima crônica, peça desculpa.
Mas nem que a vaca voadora recite versos de Camões. E não adianta recitar 'Os Lusíadas', porque esse até eu conheço. Em todo o caso, para não provocar a perda de um voto na eleição para a Academia de Letras de Vera-Cruz, Bahia (o dele), explico que lauda é um nome genérico dado a uma folha de papel. E, na verdade, é um termo muito utilizado por editores pernósticos para impor o número de asneiras que um mal-pago cronista pode expor numa singela folha de papel.
Dito isso, e confiando que o assunto 'lauda' está definitivamente encerrado, passo a contar o sucedido na manhã deste sábado ensolarado em Mar Grande, distrito de Vera Cruz, Ilha de Itaparica, Bahia.
Não sem antes prestar uma homenagem ao meu saudoso amigo e professor (nesta ordem) José Gregório Gorender pela passagem, ontem, do Yom Kipur, o dia mais sagrado do ano judaico, que ocorre no décimo dia de Tishrei, primeiro mês do ano civil e sétimo mês do ano religioso no calendário hebreu lunissolar. Entendeu? Se não entendeu, problema seu (rimou!).
Mudo de linha para o leitor descansar, vez que o período estava ficando muito extenso. E volto ao sucedido na ensolarada manhã deste sábado na aprazível localidade de Mar Grande etc etc etc.
Vinha eu caminhando serelepe pela estrada de rodagem, que é também a via principal da localidade, ou rua do comércio, como chamam alguns, quando me deparei com (vocês não vão acreditar!) um leitor!
- João, - gritou o jovem que estava do outro lado da rua, claro - adorei sua crônica publicada no portal HojeBahia.
- Ah, foi você?! Exclamei interrogativamente (ou interroguei exclamativamente).
- Como assim, foi você? - Indagou já atravessando a rua quase sendo atropelado por um Fiat Uno branco, placa policial OVB9282.
- É que alguém enviou um pix de 10 reais para o portal, com a mensagem "para João das Botas, com a esperança de que ele se aposente e não escreva mais essas crônicas mal escritas e mal-educadas" - expliquei.
- Não, não fui eu. Não tenho dinheiro para gastar com essas besteiras...- disse e foi-se. E nem se despediu de mim.
Confesso que não sei se estou envaidecido com o "adorei sua crônica" ou retado com "essas besteiras".
Se você, caríssimo, belíssimo, impolutíssimo leitor ou leitora não sabe qual foi a crônica anterior a esta, e quiser saber o motivo de tanta polêmica, pode procurar no portal HojeBahia (www.hojebahia.com.br), seção de literatura, a crônica "Na minha rolha, ninguém mexe!"
Até a próxima (se tiver!).