No mês de outubro deste ano, a região oeste da Bahia testemunhou oficialmente o início da Safra 2023/2024, marcando um período de grande expectativa para os produtores. Os dados divulgados pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) fornecem uma visão abrangente do cenário de cultivo de grãos. Prevê-se um aumento na produção, em comparação com a safra anterior, com a soja crescendo 7,5%, o algodão 2,3% e o sorgo 12%, enquanto o milho deve recuar 15%.
As projeções para a safra de soja 23/24 são otimistas, com uma área estimada de 2 milhões de hectares destinados à cultura - aumento de 7,5%. O algodão deve ocupar uma área total de 312 mil hectares, registrando aumento de 2,3%. Em detrimento ao milho, os produtores devem ampliar a área dedicada ao sorgo em 12% neste período, atingindo 190 mil hectares. Já para o milho, a área dedicada deve ser 39% menor, chegando a 135 mil hectares.
A safra 2023/2024 foi iniciada através do plantio antecipado das áreas de soja em caráter de excepcionalidade. Desde o dia 01/10, os produtores que tiveram autorização concedida pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), através da Portaria 060 de 10 de julho de 2023, puderam abrir a nova safra de grãos no oeste da Bahia.
Segundo os dados levantados pelo núcleo de Agronegócio da Aiba, até o momento, 6,5% da área total estimada para a soja já foi plantada, com as condições climáticas desempenhando um papel essencial nas últimas semanas. A falta de chuvas tem diminuído o ritmo da semeadura e a expectativa é que o planejamento prossiga de maneira uniforme, concentrando-se nas janelas climáticas específicas entre o início e meados de novembro.
Peso
Os grãos do oeste baiano jogam papel importante para economia do estado, pois representam grande cifra do nosso PIB. 67% do Volume Bruto de Produção (VBP) da Bahia, em 2022, veio desse setor. A região é a principal produtora de oleaginosas do estado, produzindo em larga escala soja, milho, algodão, café, arroz, fruticultura e feijão, destacando-se também o cacau irrigado, mas as culturas que mais se destacam são: algodão, milho e soja.
Na pecuária, o Sistema Plantio Direto e o sistema de Integração Lavoura-Pecuária são opções com potencial para promover a sustentabilidade da agropecuária. Produtores têm utilizado esses sistemas para a formação de palhada decorrente da rotação de culturas como soja e milho. Ambos preconizam o não revolvimento do solo, que aliado às rotações de culturas, é utilizado para mantê-lo protegido pelos resíduos orgânicos na superfície, representando uma alternativa ao monocultivo com preparo convencional do solo, ainda utilizado na região.
Fonte: Ascom/Seagri