Os cerca de R$ 50 bilhões para novos investimentos captados junto a instituições bancárias do exterior vão permitir que a América Latina, principalmente a do Sul, desenvolvam suas economias conjuntamente, com desenvolvimento sustentável e socialmente responsável. Essa é a expectativa do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. Segundo ele, esses investimentos em integração vão ajudar o Brasil a aumentar as exportações para a região, que estão abaixo do que é vendido para a União Européia, por exemplo. "As exportações do Brasil para a América do Sul são, hoje, de 35, 2 bilhões de dólares. Para os Estados Unidos, 28,7 bilhões de dólares. As nossas exportações para a América Latina são de 45,4 bilhões de dólares. Para toda a União Europeia, 42,1 bilhões de dólares", destacou.
A declaração foi feita logo após a assinatura da declaração conjunta entre o Banco e outras instituições bancárias, durante a Cúpula do Mercosul, realizada nesta quinta-feira (7/11), no Rio de Janeiro (RJ). Essa parceria foi firmada entre BNDES e Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o FONPLATA – Banco de Desenvolvimento, instituição financeira da Bacia do Prata.
Do total de recursos, estão previstos até U$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões) da CAF, U$ 3,4 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões) do BID, U$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) do FONPLATA, e U$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões) do BNDES, cujos recursos deverão ser utilizados somente para projetos realizados no Brasil. O apoio financeiro e técnico será destinado a projetos estratégicos, principalmente do setor de infraestrutura. "Se nós temos mais logística, mais estradas [de rodagem, rodovias], mais ferrovias, mais pontes, mais integração energética, mais fibra óptica conectando a região, [vamos ter também] mais serviço, mais comércio, mais turismo, mais emprego e mais renda para toda a região", argumentou o presidente do BNDES.
A iniciativa, chamada de "Rotas para a Integração", prevê ao menos cinco redes de conexão no continente, com o objetivo de desenvolver a infraestrutura, o comércio e as trocas estratégicas na região. "E quanto mais unida estiver a América do Sul, mais força diplomática e mais capacidade terá de intervenções em fóruns internacionais", completou Mercadante.
Fonte: Agência Gov