O índice de atividade turística no Brasil registrou alta de 7,5% no acumulado de janeiro a novembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e incluem turistas brasileiros e internacionais no país. Na mesma métrica, o índice de receita nominal das atividades turísticas apresentou crescimento de 17,6%.
A pesquisa do IBGE aconteceu em 11 estados e no Distrito Federal. Das localidades, apenas o Ceará teve redução no volume de atividades turísticas, de 2,1%. Minas Gerais ficou com o melhor resultado individual, de 16,5%, seguido por Bahia, com 12,6%, e Rio de Janeiro, com 11,6%. Em relação à receita nominal das atividades turísticas, todos os locais pesquisados apresentaram crescimento.
Já de acordo com o Portal de Dados da Embratur, de janeiro a novembro de 2023 o Brasil recebeu 5,3 milhões de turistas internacionais, número maior que nos 12 meses de 2022, quando essa entrada foi de 3,6 milhões. Se somados somente os 12 lugares selecionados pelo IBGE, o total de entradas é de 5,1 milhões de visitantes nos primeiros 11 meses do ano passado. Já nos 12 meses do ano anterior, essas mesmas regiões somadas acumularam 3,4 milhões de visitantes estrangeiros.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou o esforço da Agência para retornar aos patamares pré-pandemia. Somente no mês de novembro, por exemplo, o país registrou 504.395 entradas de turistas vindos do exterior, número 7% maior que no mesmo mês em 2019. Os dados são da Embratur, do Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal.
"Os resultados que temos atingido são consequência de um ano de muito trabalho de toda a equipe da Agência, que vem lutando para reposicionar a imagem do Brasil lá fora e mostrar para o estrangeiro que somos o país da democracia, da sustentabilidade, do diálogo e do respeito à natureza", comemorou.
Impulso
Ainda de acordo com a PMS, no comparativo do acumulado dos primeiros 11 meses 2022/2023, apresentaram crescimento setores de serviço que atuam em segmentos como os de locação de automóveis, de agências de viagens, do setor aéreo, do rodoviário coletivo de passageiros, do serviços de bufê, de hotéis e de restaurantes. Luiz Strauss, vice-presidente executivo e presidente em exercício da Abav do Rio de Janeiro, comentou os resultados positivos da pesquisa do IBGE e também os dados da Embratur.
Para ele, nos próximos 11 meses há a possibilidade de o Brasil dobrar o crescimento apontado pelo instituto. "O índice de aumento, nossa sensação é que foi maior. Saímos de 2022, uma pós-pandemia, e em 2023 esse crescimento se consolidou. Não tivemos um crescimento maior devido aos gargalos da infraestrutura mundial. Os voos não voltaram com a velocidade que deviam voltar. Os preços também não se mantiveram nos preços promocionais, tudo isso devido à alta demanda no mercado", avaliou.
"Temos uma expectativa muito positiva de 2024 para o mesmo período. Acho que a gente consegue dobrar esse crescimento de 7% para 14%. Mas temos que fazer um dever de casa muito grande, que é a continuidade da divulgação dos nossos produtos no exterior. A Embratur tem feito um excelente trabalho e essa continuidade é necessária", completou Strauss.
Fonte: Ministério do Turismo