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Operação Hybris Ă© deflagrada contra grupo miliciano da região de Feira de Santana

Desdobramento da

Por Jorge Matos em 09/04/2024 às 11:23:45
Foto: Divulgação / MPBA

Foto: Divulgação / MPBA

Cinco policiais militares, entre eles um tenente-coronel, foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, dia 9, durante a deflagração da "Operação Hybris", que investiga organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada em Feira de Santana e cidades circunvizinhas, na Bahia. Uma mulher, esposa do chefe da facção criminosa, foi presa preventivamente. No total, foram cumpridos 17 mandados de busca e um de prisão preventiva. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4 milhões das contas bancĂĄrias dos investigados, além da suspensão das funções pĂșblicas dos PMs. A decisão foi expedida pelo JuĂ­zo da 1Âș Vara Criminal de Feira de Santana.

A operação foi deflagrada em conjunto pelo Ministério PĂșblico estadual, por meio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco); PolĂ­cia Federal; Receita Federal e pela Secretaria Estadual de Segurança PĂșblica (SSP), por meio da Corregedoria (Coger) e da Força Correcional Especia Integrada (Force). E contou também com o apoio do Grupo de Pronta Intervenção da PolĂ­cia Federal (GPI).

Segundo as investigações, a organização criminosa seria chefiada por um parlamentar, que foi alvo de busca e apreensão e bloqueio de bens durante a operação "El Patrón", deflagrada no dia 7 de dezembro de 2023. As investigações apontaram ainda que os policiais integram o braço armado do grupo miliciano, sendo responsĂĄveis pela segurança das atividades ilĂ­citas desenvolvidas pelo grupo criminoso, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores decorrentes de infrações penais. Além disso, apurações da Receita Federal revelaram inconsistĂȘncias fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatĂ­vel, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indĂ­cios de lavagem de dinheiro.

Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 13 auditores-fiscais, analistas tributĂĄrios da Receita Federal e promotores de Justiça do Gaeco baiano. A investigação continuarĂĄ para apurar eventual participação de outras pessoas. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados poderão cumprir penas mĂĄximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Fonte: MinistĂ©rio PĂșblico da Bahia

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