Em fórum com investidores estrangeiros, nesta quarta-feira (12/6), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que até o final de seu mandato o Brasil pode voltar a ser a sexta economia mundial, como em 2011. Segundo ele, o País recuperou a capacidade de planejar o desenvolvimento para melhorar a vida das pessoas e "recolocar o pobre no orçamento".
"Recuperamos a capacidade de planejar o desenvolvimento e enfim pudemos nos concentrar novamente no que realmente importa: melhorar a vida das pessoas. Para isso, foi preciso recolocar o pobre no orçamento. Restabelecemos a política de valorização do salário mínimo e reestruturamos programas sociais. O desemprego no trimestre fevereiro a abril foi o menor desde 2014", disse Lula na cerimônia de abertura do FII PRIORITY Summit Rio de Janeiro.
Ao apresentar os resultados positivos da economia brasileira como o crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 12 meses e o recorde da balança comercial em 2023, com o maior saldo da história, o presidente Lula afirmou que o Brasil tem estabilidade de sobra para oferecer aos investidores. "Sempre digo que a coisa mais importante para um investidor é a estabilidade. E isso o Brasil tem de sobra para oferecer", disse.
Segundo ele, a estabilidade da economia brasileira e as reformas criam um ambiente atrativo aos investimentos externos. "Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público. A reforma tributária vai tornar nosso regime mais justo e eficiente, deixando de penalizar os mais pobres e dando mais competitividade à economia".
Justiça social
O crescimento com justiça social foi destacado pelo presidente como fundamental para combater as desigualdades. Segundo ele, o investimento público é decisivo para induzir o desenvolvimento, mas o capital privado pode ser um aliado dinâmico desde que haja convergência na visão de futuro.
"De nada adianta construir ilhas de prosperidade cercadas de miséria. Muito dinheiro na mão de poucos significa fome, doença, analfabetismo e criminalidade. Mas se muitos têm pelo menos um pouco, a sociedade muda para melhor", afirmou Lula.
Aos presentes, o presidente falou sobre iniciativas do governo para alavancar o crescimento do Brasil como o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil, destacou o potencial brasileiro na produção de alimentos e afirmou que o Brasil é um dos países com a matriz energética mais limpa. "Em um mundo cujas bases econômicas serão revolucionadas pelas transições energética e digital, o Brasil desponta como celeiro de oportunidades", destacou.
Os eventos internacionais que o Brasil irá sediar como o G20, Brics e Cop30 também foram citados por Lula. Segundo ele, a Cop30 será um evento determinante para o planeta. "Sem o esforço de todos, conforme suas responsabilidades e capacidades, o aquecimento global poderá atingir níveis catastróficos. Estamos vivenciando isso em primeira mão com as enchentes do Rio Grande do Sul".
O FII PRIORITY Summit Rio de Janeiro é organizado por uma organização sem fins lucrativos da Arábia Saudita, país que o presidente Lula visitou em novembro do ano passado. O evento tem o tema "investir em dignidade" e discute como o investimento na transição ecológica, tecnologia e inovação, e inclusão social pode constribrui para uma nova ordem global que priorize a dignidade para todos. Entre os participantes, estão chefes de estado, investidores e líderes empresariais.
