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Economia

Exportação de serviços cresce 12,2% e atinge recorde de R$ 42 bi em 2023 no Brasil

Relatório Anual de Comércio Exterior de Serviços 2023, produzido pelo MDIC, aponta para um valor inédito para a exportação brasileira de serviços; EUA seguem como principal parceiro comercial do Brasil na área


Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Brasil alcançou, em 2023, um valor recorde em suas exportações de serviços: US$ 45,2 bilhões, um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. Os números constam do Relatório Anual de Comércio Exterior de Serviços 2023, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nesta quarta-feira (25/6).

O documento, produzido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, analisa os dados do Banco Central do Brasil e da Organização Mundial do Comércio (OMC) para informar e estimular o debate sobre o comércio internacional de serviços.

Um dos principais aumentos nas exportações de serviços foi o registrado no item "viagens", que representa o gasto de viajantes estrangeiros no Brasil: crescimento de 39,5%, atingindo US$ 6,9 bilhões — valor superior ao nível pré-pandemia.

Em termos de volume, "outros serviços de negócio, inclusive arquitetura e engenharia" — que incluem uma série de serviços técnicos e científicos, pesquisa e desenvolvimento — representaram a maior participação no total (43,2%), somando US$ 19,5 bilhões.

Os números do Brasil seguem tendência mundial: o comércio total de serviços no mundo cresceu 9,2% e atingiu US$ 7,5 trilhões.

O comércio mundial da categoria "outros serviços comerciais", que inclui seguros, computação, telecomunicações e serviços financeiros, maior classe de serviços transacionados, cresceu 8,6%, mas o destaque foi a continuidade da recuperação de viagens, que cresceram 37,9%.

As importações brasileiras de serviços também cresceram, totalizando US$ 82,8 bilhões, o maior valor desde 2014. Entre os destaques, queda de 23,9% nas despesas com transportes, aumento de 31,1% em serviços de telecomunicação, computação e informações, e crescimento de 19,3% no item "viagens" (aqui representando os gastos de brasileiros no exterior).

Os Estados Unidos mantiveram-se como o principal parceiro comercial do Brasil, representando 40,7% das receitas com exportações de serviços e 37,6% das despesas com importações de serviços. Também vale registrar o crescimento nas exportações para Países Baixos (26,9%), Singapura (20,8%), Alemanha (13,3%) e Suíça (12,5%).

Já em relação ao mundo, a União Europeia se destacou como a principal exportadora de serviços, com um aumento de 6,6% nas vendas externas, seguida pela Ásia (8,4%) e América do Norte (8,0%). A América do Sul, Central e Caribe apresentaram crescimento de 15,9%, evidenciando um dinamismo na região.

Agência Gov

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