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'Diversidade de opiniões, sem extremismos, fortalece nossas democracias', diz Lula

Na Cúpula do Mercosul, Lula celebra vitórias progressistas no Reino Unido e na França, ingresso da Bolívia no bloco e afirma que o livre-mercado não é "panaceia para humanidade"

Por Jorge Matos em 08/07/2024 às 14:04:47
Lula entre os presidentes Ricardo Martinelli (Panamá, convidado), Santiago Peña (Paraguai), Lacalle Pou (Uruguai) e Luis Arce (Bolívia). Foto: Ricardo Stuckert

Lula entre os presidentes Ricardo Martinelli (Panamá, convidado), Santiago Peña (Paraguai), Lacalle Pou (Uruguai) e Luis Arce (Bolívia). Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o bloco do Mercosul não deve se "apequenar" diante dos desafios das negociações multilaterais globais. Lula, citando o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, ressaltou a necessidade de se construírem vínculos que façam com que os países da América do Sul, "junto', sejam ouvidos em nível internacional. "Os desafios que temos como humanidade requerem, mais do que nunca, esforços coletivos e propostas inovadoras", afirmou o presidente brasileiro. Lula participa na manhã desta segunda-feira (8/7), da 64ª Cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai – e sua 19ª como chefe de Estado.

"Que suas palavras (de Mujica) inspirem todos nós a olhar para o Mercosul como fonte de soluções para os nossos desafios de desenvolvimento. Precisamos de um mundo de paz", disse Lula. O presidente brasileiro convocou todos os países do bloco – fundado há 33 anos por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, depois com adesão da Venezuela (suspensa) e, neste ano, da Bolívia – a se juntar à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

A tese está sendo construída sob liderança do Brasil para ser apresentada à cúpula do G20, no final deste ano. Lula comemorou a entrada da Bolívia: "A adesão plena da Bolívia tem enorme valor estratégico e faz do nosso bloco ator incontornável no contexto da transição energética".

O chefe do Executivo brasileiro ressaltou a importância de o continente atuar unido frente aos desafios tanto regionais quanto globais. Foi enfático na necessidade de investimentos em defesa da igualdade racial, de gênero, em políticas públicas de promoção dos direitos humanos e da dignidade humana. E condenou os discursos extremistas e de ódio que atentam contra essas demandas globais.

"O Mercosul é resiliente e tem sobrevivido aos difíceis anos de desintegração. Pensar igual nunca foi critério para engajamento construtivo nas tarefas do bloco. A diversidade de opiniões, sem extremismos e intolerância, é bem-vinda porque fortalece nossas democracias e nos conduz a escolhas melhores", afirmou Lula. "O Mercosul é e seguirá sendo a grande aposta de inserção internacional e de desenvolvimento do Brasil."

O presidente celebrou os resultado das eleições parlamentares na Inglaterra, na sexta-feira, e na França, neste domingo, nas quais a extrema direita levou uma invertida do campo progressista. O Partido Trabalhista, de centro-esquerda, voltou a vencer depois de 14 anos de vitórias conservadoras no Reino Unidos: a legenda conquistou mais de 410 assentos, superando com folga o mínimo necessário para assegurar a maioria na Casa Na França, a esquerda e a centro esquerda também venceram.

"Encerro com o registro da vitória das forças progressistas nas recentes eleições no Reino Unido e na França. Ambas são fundamentais para a defesa da democracia e da justiça social contra as ameaças do extremismo", afirmou.

Fonte: Agência Gov

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