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Chocolat Festival em Ilhéus recebeu 65 mil pessoas e gerou R$ 25 milhões em negócios

O Chocolat Festival contou com cerca de 200 expositores

Por Jorge Matos em 23/07/2024 às 10:47:51
Carine - Foto: divulgação

Carine - Foto: divulgação

Realizado de quinta (18) a domingo (21), no Centro de Convenções, o Festival Internacional do Chocolate e Cacau de Ilhéus - Chocolat Bahia 2024, em sua 15ª edição na cidade celebrizada por Jorge Amado, se consolidou como o maior evento do gênero na América Latina. De acordo com os organizadores, o festival recebeu cerca de 65 mil pessoas e movimentou cerca de 25 milhões de reais, entre comercialização de produtos, negócios realizados e a ocupação da rede hoteleira, comércio, lazer e serviços.

"É motivo de orgulho constatar que, há 15 anos, começamos com duas marcas de chocolates caseiros e poucos expositores e, hoje, são mais de duzentas marcas de chocolates de origem, cem dessas marcas no sul da Bahia, expansão do ecoturismo e impacto positivo em vários setores da economia regional", afirma Marco Lessa, idealizador e coordenador do Chocolat Festival, que completa: "o evento tomou uma dimensão tão grande que estamos articulando com o Governo do Estado a construção de um pavilhão de feiras onde pretendemos implantar o Museu do Cacau e do Chocolate".

O Chocolat Festival contou com cerca de 200 expositores. Desses, mais de 350 marcas de chocolates fizeram a alegria do público, com a comercialização e degustação produtos de cacau e derivados, cursos de capacitação para 6.500 pessoas e seis toneladas de alimentos arrecadadas para doação a famílias carentes, através de uma parceria com o Rotary Clube e o Lions Clube de Ilhéus. As atividades incluiram o Fórum do Cacau, Choco Day, Cozinha Show, Cozinha Kids, Rodadas de Negócios, Atelier do Chocolate, Chocolat Social, Palco Cacau, seminários e oficinas sobre cacau e chocolate.

Gerson Marques, presidente da Associação dos Produtores de Chocolate do Sul da Bahia-Chocosul, com mais de 100 associados, afirma que, mesmo com a alta do cacau, que afeta os preços dos chocolates de origem, as empresas estão fazendo negócios e consolidando o projeto do polo chocolateiro: "também eleva a autoestima da região, que se orgulha de ter um produto que, além da qualidade, traz em si toda a magia que cerca o mundo do cacau".


Gerson - Foto: divulgação

Isaias Alves, de Valença, ressalta que iniciou a produção em 2021 com cinco versões de chocolate: "e, a partir da participação no festival, hoje, já temos com treze versões. Nossa produção é familiar e fazemos isso com muito amor".

Conquista de novos mercados

Carine Assunção, da Natucoa, afirma que o Chocolat Festival é um evento consolidado: "e comercializamos nossos produtos não apenas com pessoas da região, mas de outros estados e outros países, além de abrir novos mercados na rodada de negócios com dezenas de empresários".


Marco Lessa - Foto: divulgação

Osaná Crisóstomo, da Bahia Cacau, primeira fábrica de chocolate da agricultura familiar do Brasil, ressalta que o Sul da Bahia vive um novo momento: "esse evento abre as portas para que possamos divulgar os nossos produtos, que hoje são comercializados em vários estados brasileiros e brevemente chegaremos ao mercado internacional".

Fábricas-escolas

O Governo da Bahia, principal apoiador do Chocolat Festival, marcou presença com participação da secretarias de Turismo, Cultura, Desenvolvimento Rural, Agricultura, Educação e Trabalho, Emprego e Renda em estandes como Empório da Agricultura Familiar, Centro Público de Economia Solidária, Feira de Artesanato, Espaço do Turismo e Fábricas-Escolas do Chocolate. O estande com as quatro fábricas-escolas dos centros estaduais de Educação Profissional de IlhéusArataca, Gandu e Ipiaú reuniu estudantes e professores, que mostraram a produção de um projeto do Governo do Estado que valoriza o processo de ensino-aprendizagem e incentiva o empreendedorismo.


Ruaferson - Foto: divulgação

O estudante Ruaferson Calazans, do Ceep do Chocolate Nelson Schuan, em Ilhéus, disse que, "além de mostrar o nosso trabalho para milhares de visitantes, essa é oportunidade de trocar experiências com colegas de outros colégios". Ruaferson está concluindo o ensino médio e afirma que pretende fazer curso superior e se especializar na área de chocolates "e atuar num mercado cada vez mais promissor".

O Chocolat Festival também impacta positivamente o turismo, com a divulgação da Estrada do Chocolate, primeira estrada temática da Bahia, que inclui fazendas centenárias de cacau, fábricas de chocolate e áreas de mata atlântica preservada.


Isaías - Foto: divulgação

Para Vilomar Simões, consultor de turismo, "o evento fortalece todo o universo do cacau e do chocolate e além de visitar esse evento, as pessoas querem conhecer fazendas, fábricas de chocolate e desfrutar das nossas belezas naturais".

A arte e a cultura regional foram destaque, com o Palco Cacau e o Pavilhão Cultural, como apresentações de artistas regionais, teatro, literatura e artesanato. Flávia Oliveira, que integrou uma das cinco associações com cerca de 200 artesãos que participaram do evento, disse que "conseguimos realizar ótimas vendas e tivemos uma excelente vitrine para divulgar o nosso trabalho.


Violmar - Foto: divulgação


Fonte: Texto: Daniel Thame/GOVBA

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