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Exportações do agro brasileiro para a China aumentam 8,9% nos últimos 12 meses

Entre julho de 2023 e julho de 2024, o Brasil exportou mais de US$ 57 bilhões para o país asiático, um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior

Por Jorge Matos em 16/08/2024 às 20:37:20
Delegação brasileira esteve em missão na China em junho, com participação do ministro da Agricultura.

Delegação brasileira esteve em missão na China em junho, com participação do ministro da Agricultura.

Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China davam início às relações diplomáticas que anos depois faria do país asiático o principal parceiro comercial do Brasil. Nesta quinta-feira (15), comemora-se 50 anos de diplomacia entre os dois países.

"É determinação do presidente Lula que retomemos as boas relações diplomáticas com os países. Nestes 50 anos, tivemos muitas oportunidades comerciais com a China, tanto que ela se tornou nosso maior parceiro. Aqui no Mapa trabalhamos para que tenhamos mais progressos bilaterais econômicos", destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), a relação bilateral está estruturada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), criada em 2004, foi alçada ao nível de parceria estratégica global em 2012 e neste ano comemora-se 20 anos da criação.

Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões. Houve um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022.

O Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China no primeiro semestre de 2024.

Os principais produtos exportados para a China são soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.

Sendo uma relação bilateral, assim como exportou, o Brasil também importou produtos do país asiático, como produtos florestais e têxteis. As importações somam aproximadamente US$ 1,18 bilhão.

"As relações diplomáticas entre Brasil e China, especialmente sob a gestão do presidente Lula e do ministro Carlos Fávaro, alcançaram um patamar sem precedentes. Da diplomacia bem-sucedida, colhemos os frutos de negociações comerciais robustas, que consolidaram a China como o nosso principal parceiro estratégico no agronegócio", ressaltou o secretário da SCRI, Roberto Perosa.

Um importante fator para o crescimento das exportações foi que apenas em março de 2024 a China habilitou 38 novas plantas frigoríficas brasileiras, sendo 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais, sendo o maior número de habilitações concedidas. O número de empresas brasileiras aumentou de 106 para 144.

O ministro Carlos Fávaro já realizou duas missões ministeriais a China. A última foi realizada em junho deste ano em comitiva com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Durante a missão, o Governo Federal fechou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa, prevendo a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de Café.

Para manter o diálogo e as boas relações comerciais, atualmente a China é o único país que conta com dois postos de adidos agrícolas brasileiras em Pequim.

Perosa ainda afirma que a restauração de um diálogo frutífero com o país asiático permite avanços significativos, como expansão de exportações de produtos-chave, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil no cenário global.

Fonte: Agência Gov

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