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Rússia vai responder 'adequadamente' caso a Polônia tente interceptar mísseis russos sobre a Ucrânia

Segundo a Rússia, "não há negociações sobre esse assunto com ninguém"

Por Jorge Matos em 19/08/2024 às 11:26:09
Foto: Natalia Seliverstova / Sputnik

Foto: Natalia Seliverstova / Sputnik

Moscou vai dar uma resposta específica e adequada caso a Polônia tente interceptar mísseis russos sobre a Ucrânia, disse Oleg Tyapkin, diretor do Terceiro Departamento Europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista à Agência Sputnik.

"Se Varsóvia sucumbir a um impulso aventureiro e decidir tentar interceptar armas de longo alcance legalmente usadas por nossas Forças Armadas para neutralizar ameaças militares que emanam do território ucraniano para a Rússia, então a resposta a elas será adequada e bastante específica. A diplomacia russa tem repetidamente apontado os riscos que a potencial participação direta de Estados ocidentais em ações militares do lado do regime de Kiev acarreta", disse o diplomata russo.
"Não há negociações sobre esse assunto com ninguém. Nossa posição é bem conhecida por Varsóvia e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", acrescentou.

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, disse que Varsóvia estava considerando a possibilidade de abater mísseis russos sobre a Ucrânia.

Kiev anteriormente pediu aos países ocidentais que abatessem mísseis sobre a Ucrânia a partir de seu território. A mídia francesa, citando autoridades ucranianas, relatou no final de junho que Kiev estava pressionando aliados europeus a criar uma zona de exclusão aérea no oeste da Ucrânia, implantando sistemas de defesa aérea na Polônia e na Romênia.

A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo Vladimir Putin disse que seu objetivo era "a proteção de pessoas que foram submetidas a abusos e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Ele observou que a operação especial foi uma medida forçada, a Rússia "não teve chance de agir de forma diferente, os riscos de segurança eram tais que era impossível responder por outros meios".

Fonte: Agência Sputnik

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