O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse nesta terça-feira (24) que solicitou à Interpol um mandado de prisão para o presidente argentino, Javier Milei. A ação é a mais recente investida em uma disputa diplomática entre os dois países.
A Venezuela acusou Milei de sete crimes, incluindo roubo, segundo a Reuters.
Na noite de segunda-feira (23), o órgão de justiça federal da Argentina solicitou a prisão de Maduro, alegando violações de direitos humanos, após o pedido de um grupo de defesa argentino, conforme noticiado.
De acordo com o g1, o pedido de Saab não implica necessariamente incluir o presidente argentino na lista vermelha da Interpol, em que a polícia internacional emite notificações internacionais para localizar e prender pessoas procuradas. Um governo pode pedir a inclusão de qualquer um, mas há um processo para isso, e a Interpol pode acatar ou não.
Saab já havia pedido a prisão de Milei à Justiça venezuelana na semana passada, episódio que a Argentina repudiou. Venezuela e Argentina não mantêm relações, e Maduro e Milei costumam trocar críticas e insultos.
O governo da Venezuela também condenou nesta terça-feira (24) a decisão de Buenos Aires sobre o pedido de prisão de Maduro e do ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, classificando a medida como uma "reação grosseira de retaliação".
"A Venezuela repudia a decisão irracional de um órgão do desacreditado Poder Judiciário argentino contra o presidente, Nicolás Maduro, e o ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello Rondón, que nada mais é do que uma reação grosseira de retaliação, instruída pelo senhor Javier Milei", indicou um comunicado oficial divulgado pelo ministro das Relações Exteriores do país sul-americano, Yván Gil, em sua conta no Telegram.
Fonte: Agência Sputnik