Com R$ 65 mi do BNDES, 181 novas torres de internet vão atender 124 favelas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 65 milhões para a Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações S.A. expandir a cobertura do Serviço Móvel Pessoal (SMP) com a instalação de 181 torres de 4G e 5G em territórios rurais e urbanos, incluindo favelas, em 23 estados, das 5 regiões do Brasil.

Com recursos do Programa BNDES Fust, na modalidade reembolsável, a iniciativa vai ampliar e melhorar a qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações, além de desenvolver novas tecnologias de conectividade com o objetivo de reduzir desigualdades regionais e promover desenvolvimento econômico e social.

A maior parte dos recursos será destinada à implementação de 145 torres de telecomunicações para atender 124 favelas espalhadas pelo país e em oito localidades rurais da Bahia, Maranhão e Piauí, localidades selecionadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). As demais torres atenderão outros 28 territórios rurais ou urbanos. Os equipamentos de rede que serão instalados nas torres de telecomunicações poderão ser utilizados por múltiplas operadoras.

"A expansão do acesso à internet de alta capacidade, sobretudo nas favelas, vai promover a melhoria na qualidade de vida dos usuários, além de impulsionar a economia e o desenvolvimento a partir da ampliação do acesso a oportunidades de negócios, à educação e aos serviços de saúde. Universalizar o acesso à internet de banda hoje é o novo Luz Para Todos no Brasil", afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

"Esta é a missão do governo federal, que é levar internet para as regiões remotas, comunidades carentes urbanas e rurais. O Fust seguirá sendo aplicado em projetos como este, para levar inclusão digital a locais em que a conectividade ainda é um desafio. Isso cria mais oportunidades de emprego e de renda para os moradores, que passam a ter mais acesso a serviços públicos e também privados", disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luís Gordon, o Programa BNDES FUST contribui para expandir o acesso à internet em banda larga fixa e móvel no Brasil, "com qualidade e velocidade adequadas para todos, incluindo localidades urbanas e rurais com oferta inadequada. O projeto da Highline está alinhado com a política industrial, que prevê a implementação de infraestrutura para a integração produtiva e o bem-estar da população."

BNDES Fust – O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) foi criado pela Lei 9.998/00, após a privatização do Sistema Telebrás. A iniciativa tem como objetivos estimular a expansão, melhorar a qualidade das redes e dos serviços de telecomunicações, reduzir as desigualdades regionais e estimular o uso e o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade para promoção do desenvolvimento econômico e social.

Desde outubro de 2023, o BNDES já aprovou R$ 656,7 milhões para 11 projetos do FUST, em 250 municípios de 12 estados (Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Rio de Janeiro), nas cinco regiões do país. No âmbito da educação conectada, os projetos apoiados contemplam a expansão da internet de banda larga para 249 escolas públicas, beneficiando mais de 33,1 mil alunos.

Highline do Brasil – Sediada em São Paulo/SP, a Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações S.A. e é uma fornecedora independente de infraestrutura para o setor de telecomunicações. Sua atuação consiste na construção, operação e manutenção de sites para instalação de antenas de comunicação sem fio, principalmente, torres, rooftops, sistemas indoors DAS2 e small-cells3.

Atualmente, a empresa conta com cerca de 140 colaboradores e tem em seu portfólio cerca de 13.500 torres, localizadas em todos estados do Brasil, com contratos take-or-pay de longo prazo com as maiores operadoras do mercado nacional.