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Hospital federal no PiauĂ­ faz 1Âș implante do menor marca-passo do mundo pelo SUS no estado

Este tambĂ©m foi um caso inĂ©dito na Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)

Por Jorge Matos em 06/03/2025 às 18:50:50
Foto: Divulgação/Ebserh

Foto: Divulgação/Ebserh

O Hospital UniversitĂĄrio da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), instituição vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou um importante e pioneiro procedimento cardíaco pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Piauí: o implante do marca-passo considerado como o menor do mundo. A intervenção, que aconteceu na última sexta-feira (21), também é a primeira registrada entre os 45 Hospitais que formam a Rede Ebserh em todo o país.

O aparelho chamado "Micra" mede seis milímetros de diâmetro e 25 milímetros de comprimento e pesa cerca de dois gramas, comparando-se ao tamanho de uma cĂĄpsula de vitamina, explicou a cardiologista e especialista em Eletrofisiologia Clínica Invasiva, ClĂĄudia Guarino. "Este é um dos dispositivos mais modernos no campo da estimulação cardíaca. Ao contrĂĄrio do marca-passo convencional, cujo sistema é implantado pelas veias dos membros superiores, o Micra é inteiramente implantado de forma minimamente invasiva por meio de um cateter que passa pela veia da perna e vai até o coração", disse.

A função de um marca-passo é perceber os batimentos cardíacos, gerando impulsos elétricos para estabilizar o ritmo. Além do tamanho, o Micra se diferencia por não ter os eletrodos como os convencionais, majoritariamente implantados no Brasil. Neste novo, a bateria é implantada diretamente no coração. Para se ter uma ideia, o marca-passo tradicional mede, em geral, 48 milímetros de comprimento, pesa 20 gramas e possui dois eletrodos, um de 53 centímetros e outro de 60 centímetros.

A indicação para o uso do Micra, destacou ClĂĄudia Guarino, é específica aos casos de obstrução das veias dos membros superiores (por onde passavam os marca-passos tradicionais); de infecção do sistema cardiovascular pelo marca-passo tradicional; e em pacientes renais crônicos, principalmente os submetidos à hemodiĂĄlise.

O cardiologista Rafael Cardoso Jung, que também fez parte da equipe deste procedimento, ressaltou ainda que esse tipo dispositivo estĂĄ sendo estudado e vem recebendo atualizações constantes para potencializar o funcionamento. Os pacientes que utilizam o Micra, "precisam ser acompanhados a cada trĂȘs meses, depois seis meses. Realmente foi muito bom porque quanto mais frĂĄgil é o paciente, mais grave as complicações e nesse tipo de implante a taxa de complicação é menor".

Maria da Conceição Santos, de 77 anos, foi a paciente submetida ao implante do Micra. Desde 1996, ela utilizava o marca-passo tradicional em decorrĂȘncia de problemas cardíacos pela Doença de Chagas, mas recentemente um dos eletrodos apresentou problema. Com quadro estĂĄvel após a intervenção, Maria da Conceição jĂĄ recebeu alta e pôde voltar à Oeiras, município onde vive. "Eu achei muito bom e estou muito bem e feliz. Toda a minha família também estĂĄ muito feliz com minha recuperação. Agradeço a todos", afirmou.

Sobre a Ebserh

O HU-UFPI faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde novembro de 2012. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitĂĄrios federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelĂȘncia. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades tĂȘm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Fonte: Por MarĂ­lia RĂȘgo/Ebserh

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