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Saúde

Lula: 'Governo gasta R$ 300 bilhões por ano para cuidar das pessoas humildes, 80% da população'

Em cerimônia de entrega de 789 ambulâncias do Samu, em Sorocaba (SP), presidente diz que essa prioridade cria nervosismo em alguns setores que gostariam que verbas fossem direcionadas para uma minoria que não precisa


Lula e o ministro Padilha experimentaram uma das 789 novas ambulâncias do Samu entregues nesta sexta. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em cerimônia na manhã desta sexta (14), em Sorocaba (SP), quando foram entregues 789 novas ambulâncias do Samu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que a prioridade de seu governo são as "pessoas mais humildes", e que por isso são investidos anualmente R$ 300 bilhões anuais do orçamento federal para desenvolver e aplicar políticas públicas. Lula disse também que parte das críticas a seu governo vem da cobiça de setores mais abastados e minoritários da sociedade.

"Quem precisa do Estado são as pessoas mais humildes. E é por isso que a gente investe mais de R$ 300 bilhões por ano para cuidar das pessoas mais humildes. Isso significa 80% das pessoas. E tem gente que pode ficar nervosa: 'Se o Lula não gastasse R$ 300 bilhões por ano [com os mais humildes], sobrava para nós'", disse Lula. "É isso."

Um pouco antes, ao fazer referência ao programa Brasil Sorridente, que oferece tratamento dentário no SUS, Lula argumentou: "Para quê serve ser presidente da República se não tiver responsabilidade para cuidar que a pessoa tenha direito a ter a boca completa de dentes?"

O presidente ainda discorreu sobre os efeitos de políticas públicas e do papel do Estado sobre o desenvolvimento econômico. Lula destacou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com R$ 1,7 trilhão de investimentos, e o programa Nova Indústria Brasil (NIB) são exemplos de iniciativas governamentais que estão mantendo o Brasil na rota do crescimento econômico. "Por isso a economia está crescendo", sentenciou.

Lula afirmou que no próximo dia 18 de março pretende estar de volta a Sorocaba, em visita à fábrica da Toyota, para anunciar o envio do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Sobre a entrega das novas ambulâncias do Samu, ele recordou que o programa foi criado pelo seu primeiro governo, em 2003, e que antes disso as populações da maioria das cidades brasileiras dependiam de veículos que eram cedidos por autoridades políticas locais, e não como parte de uma política pública estruturada.

Alimentos e indústria

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também discursou. Ele destacou a isenção tributária sobre a importação de alimentos, que entrou em vigor nesta sexta. Ele disse acreditar que a medida terá efeito para reduzir o preço dos alimentos no País. Depois dele, Lula diria ainda ao público presente que o preço da carne vai abaixar e que as pessoas poderão voltar a comer picanha.

Alckmin, ao fazer referência à empresa Flash, que fez a adaptação das vans do Samu, disse que as políticas governamentais de estímulo ao investimento em tecnologia e produção fizeram o setor industrial crescer 3,8% em 2024, mais até que o conjunto da economia. "Só Sorocaba atingiu 49 mil metalúrgicos com carteira assinada. É a Nova Indústria Brasil recuperando o setor. A indústria automotiva cresceu mais de 10%. Aliás, a Flash passou a exportar ambulâncias para países da América Latina", disse.

Mais que uma simples ambulância

Em sua primeira agenda fora de Brasília como novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha ressaltou que o Samu é um programa criado por Lula em 2003, e que representa mais do que um simples transporte de doentes. "Estamos entregando quase 800 ambulâncias. É o maior investimento da história", disse.

"Entregar o Samu não é só entregar ambulância. O Samu mudou o padrão. É a construção de um serviço para as pessoas, um serviço que começa na ligação telefônica, que um profissional especializado vai atender, e depois escolher qual a melhor ambulância para aquela emergência, e depois ligar para os hospitais para identificar onde o paciente será atendido", disse Padilha.

Padilha disse ainda que nenhuma ambulância de suporte avançado - o modelo mais sofisticado, conhecido como UTI móvel - era adquirida desde 2018. E que o serviço do Samu conta agora com o medicamento trombolítico, usado para salvar vidas de quem esteja sofrendo um infarto.

O ministro da Saúde afirmou que o aprendizado acumulado no Samu tem sido usado para novos desafios. "Este aprendizado está sendo aplicado para reduzir o tempo de espera no SUS", disse. Padilha anunciou que novas entregas serão realizadas até o final deste ano. Segundo ele, outras 390 unidades do Samu já "estão quase prontas" e, ao final de 2026, a renovação da frota e a chegada de ambulâncias aonde ainda não existem somará 2,3 mil veículos, término do atual mandato.

Padilha exortou os prefeitos e prefeitas a inscreverem os pedidos de unidades Samu até o próximo dia 31 de março, no portal do PAC Seleções.

A cerimônia desta sexta-feira contou com a presença de deputados e deputadas paulistas, de prefeitos de diferentes regiões do País, de lideranças sindicais e de trabalhadores e trabalhadoras da Flash, empresa que adaptou as vans para se tornarem ambulâncias do Samu.

Agência Gov

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