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Consumo nos Lares Brasileiros cresce 2,47% no semestre

Abrasmercado: preços das carnes, do óleo de soja e do café registram queda expressiva no período.

Por Jorge Matos em 28/07/2023 às 18:59:20
Foto: Freepik

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O Consumo nos Lares Brasileiros encerrou o primeiro semestre em alta de 2,47% de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS.

Na comparação junho ante maio, o indicador apresentou alta de 0,55%. Em relação a junho de 2022 a alta é de 6,96%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.

"Registramos um consumo consistente e gradual até o fim do semestre favorecido pelo recuo do desemprego, de reajustes salariais, da consolidação dos programas de transferência de renda. Para os próximos meses, se mantidas a menor pressão da inflação sobre a cesta de alimentos, o consumo tende a ser crescente, pois há datas importantes que incentivam o consumo como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano", analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

No cenário econômico foram destaques no semestre o montante de cerca de R$ 85,4 bilhões em recursos dos programas de transferência de renda do governo federal: Bolsa Família, Primeira Infância (a partir de março) e o Benefício Variável Familiar (a partir de junho) e os Auxílios Gás pagos em fevereiro (R$ 112,00), abril (R$ 100,00) e junho (R$ 109,00).

Ainda movimentaram o consumo nos lares, os reajustes do salário-mínimo em janeiro (7,42%) e em maio (1,40%) para mais de 60 milhões de pessoas, os reajustes das bolsas da educação CAPES e CNPQ (R$ 2,4 bi), os reajustes dos servidores civis do Poder Executivo (R$ 11,2 bi), o resgate do PIS/Pasep (R$ 20,2 bi), o pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda 2022 (R$ 618 mi), a ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 2.640,00, os pagamentos do 1º e 2º lotes de Restituição do Imposto de Renda (R$ 15 bi), os pagamento de precatórios (R$ 31,1 bi), a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS (R$ 62,6 bi).

No segundo semestre, recursos que devem entrar na economia como o pagamento do 13º dos trabalhadores com carteira assinada, o pagamento de três lotes de restituições do Imposto de Renda 2023 somados à manutenção dos programas de transferência de renda devem produzir importantes efeitos no consumo das famílias.

No período, os consumidores terão ainda ofertas e ações comemorativas do Dia dos Supermercados que será celebrado em 11 de novembro. A data, implantada em 2022, será comemorada todos os anos nacionalmente no segundo sábado de novembro.

Há também no calendário datas que tradicionalmente impulsionam o consumo: Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Ano Novo.

Preços da cesta de alimentos básicos cai 1,77% em junho

Ainda de acordo com a ABRAS, no recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de -1,77% em junho ante maio e o preço, na média nacional, caiu de R$ 322,00 em maio para R$ 316,29 em junho.

As principais quedas vieram de óleo de soja (-8,96%), feijão (-6,44%), leite longa vida (-2.68%), carne bovina – corte do dianteiro (-1,30%), margarina cremosa (-0,73%), queijo muçarela (-0,42%), arroz (-0,40%).

Outros itens da cesta permaneceram estáveis: café torrado e moído (0,01%), farinha de trigo (0,03%), massa sêmola de espaguete (0,10%). Já o açúcar registrou alta (+1,46%).



Fonte: Associação Brasileira de Supermercados

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