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Ministra inaugura biblioteca no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá

Espaço foi viabilizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura

Por Jorge Matos em 30/07/2023 às 11:34:31
Foto: Edgard Copque

Foto: Edgard Copque

Cultura e educação antirracista, incentivo e acesso à leitura são resultados de parceria entre o Ministério da Cultura (MinC) e o projeto internacional Biblioteca de Los Suenos. Por meio da Lei de Incentivo à Cultura, 260 crianças de Salvador - dos Ensinos Fundamentais 1 e 2 - são beneficiadas com um acervo de, aproximadamente, 1.200 livros com foco na cultura afroindígena, em reforço à preservação da cultura afrodescendente.

"Adorei ver as crianças. Tenho uma ligação grande com elas. É lindo ver quantas entraram na biblioteca. É um lugar lindo. É disso que precisamos para formar uma sociedade melhor e mais justa para todos. Precisamos potencializar esses lugares de transformação social e humana", defendeu a ministra da Cultura, Margareth Menezes, presente na inauguração do espaço, neste sábado (29).

A chefe do MinC também defendeu a função do Ministério como promotor do fortalecimento das múltiplas diversidades culturais brasileiras.

Realidade já consolidada no terreiro Ilê Opô Afonjá, no bairro de São Gonçalo do Retiro. Lá funciona a escola municipal Eugenia Anna dos Santos - nome dado em homenagem à Mãe Aninha, fundadora do terreiro no século 19. Já o nome da biblioteca é Maria Stela de Azevedo Santos, em celebração à Stela de Oxossi. Falecida em 2018, Mãe Stela foi membro da Academia de Letras da Bahia e deixou relevante legado da cultura afro brasileira.

Existente em quatro países, a Biblioteca de Los Suenos já tem mais de 200 espaços de leituras com acervos em todo Brasil.

Era um sonho de Ana de Xangô restaurar a biblioteca que estava deteriorada, contam profissionais envolvidas no processo.

Katia Rocha, idealizadora do projeto, e Natália Rolim, coordenadora regional do projeto, consideram a realização "apaixonante". "É uma grande alegria celebrar esse momento. Estamos resgatando memórias, culturas. Com esse belo acervo identitário, é importante dizer para uma criança o quanto isso é importante na sua construção pessoal, para sua autoestima, fortalecendo cada vez mais uma educação antirracista para a promoção da equidade social", defendeu a gestora da Escola, Iraildes Nascimento.

O projeto é uma realização da CEC Brasil com patrocínio da Dow.

Fonte: MinC

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