Teve início, na manhã desta terça-feira (15), o I Encontro de Sustentabilidade ESG do Ministério das Comunicações e Entidades Vinculadas. A abertura do evento contou com as presenças do ministro das Comunicações, Juscelino Filho; da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho; e do vice-presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho.
O ministro Juscelino Filho destacou que a sustentabilidade ESG está no centro dos debates, não só no Brasil como em todo o mundo, e que o evento do MCom "está sendo pioneiro" ao fomentar essa discussão no âmbito da administração pública.
"O objetivo deste evento é debater e explorar a sinergia entre sustentabilidade, realização de políticas públicas e desenvolvimento social, especialmente no contexto das telecomunicações, visando a alcançar o desenvolvimento sustentável da nossa população e salvaguardar a soberania nacional", disse.
Em sua fala, a ministra Marina Silva lembrou que a participação do setor privado é imprescindível na busca por um mundo mais sustentável e que há estudos que indicam um melhor desempenho empresarial nas entidades que adotam práticas sustentáveis.
As empresas que não têm compromisso com a agenda ESG, afirma a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, são menos sustentáveis nao só do ponto de vista ambiental, mas do ponto de vista econômico e de sua competitividade.
"Quando as empresas são comprometidas e cumprem com esse compromisso, alcançam maiores resultados econômicos e também maior nível de competitividade. Contrariamente, aquelas empresas ou instituições que não o fazem perdem essas possibilidades e, com certeza, têm maiores prejuízos".
O evento segue até quinta-feira (17) e reúne autoridades e especialistas para discutir sustentabilidade nos critérios ESG – sigla que, em inglês, significa Meio Ambiente, Social e Governança.
DESAFIOS E OPORTUNIDADES – As discussões sobre sustentabilidade marcam um momento não apenas de desafios, mas de compromissos, segundo o vice-presidente do TCU. Durante sua participação no evento, ele destacou que a adoção de critérios ESG encontra desafios – nomeadamente complexidade regulatória, limitações orçamentárias e necessidade de mudanças culturais – mas pode representar grandes oportunidades.
"A adoção de práticas ESG pode abrir portas para parcerias valiosas. Governos que abrançam a sustentabilidade atraem investidores e parceiros interessados em apoiar projetos que beneficiam a sociedade", declarou Vital do Rêgo Filho.
Ainda de acordo com o ministro, a busca por sustentabilidade é um motor propulsor para a inovação. "Não devemos subestimar o poder da inovação. Ao buscar soluções sustentáveis, somos impulsionados a inovar nos métodos e práticas. Isso não apenas melhora a eficiência dos serviços públicos, mas pode resultar em economia de recursos", ressaltou.
AGENDA REGULATÓRIA – Dentro da agenda ESG, há "um campo imenso" que pode ser percorrido e que começa na regulação, segundo o ministro-chefe da CGU. "É a partir da agenda de regulação econômica que podemos buscar a conciliação entre os objetivos de integridade pública, buscando incentivar as empresas reguladas a cumprirem os objetivos ESG dentro de sua área de atuação. Por meio da agenda regulatória, incentivamos o comportamento privado", afirma Carvalho.
A preocupação com a transição ambiental e energética, de acordo com o ministro, deve percorrer de maneira transversal toda a agenda e as políticas públicas e a CGU tem buscado articular essas discussões junto às agências reguladoras do Estado.
Fonte: Ministério das Comunicações