Os líderes do Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China estão discutindo, na 15ª Cúpula do BRICS que se realiza até 24 de agosto, temas geopolíticos, socioeconômicos, comércio, desenvolvimento de infraestrutura e a possível expansão do bloco.
No seu discurso, o presidente russo Vladimir Putin disse que os países do BRICS são contra a hegemonia e o neocolonialismo.
"Somos contra qualquer tipo de hegemonia, o excepcionalismo propagandeado por alguns países e a nova política baseada nesse postulado - a política de continuação do colonialismo, o neocolonialismo", disse o líder russo.
Ele destacou que o BRICS está a favor da formação de uma ordem mundial multipolar baseada no direito internacional, incluindo o direito dos povos ao seu próprio desenvolvimento.
"Somos todos unanimemente a favor de uma ordem mundial multipolar verdadeiramente justa e baseada no direito internacional, respeitando os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas, incluindo o direito soberano e o respeito pelo direito de cada povo ao seu próprio modelo de desenvolvimento", disse Putin durante o seu discurso.
Putin disse que as ações russas na Ucrânia são motivadas por um único desejo: pôr fim à guerra lançada contra população civil pelo regime de Kiev e apoiada pelo Ocidente.
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"A Rússia decidiu apoiar as pessoas que estão lutando por sua cultura, por suas tradições, por seu idioma e por seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são ditadas por apenas uma coisa – pôr fim à guerra que foi desencadeada na Ucrânia pelo Ocidente e seus satélites contra as pessoas que vivem em Donbass", disse Putin.
O desejo de uma série de países ocidentais de manter sua hegemonia foi a causa da atual crise na Ucrânia, disse ele. Segundo Putin, "primeiro, com a ajuda dos países ocidentais, neste país foi realizado um golpe de Estado inconstitucional e, em seguida, foi desencadeada uma guerra contra as pessoas que discordavam do golpe de Estado".
Fonte: Agência Sputnik