Chegou a hora de conhecer mais sobre o mineral estratégico que está cada dia mais popular: o lítio. Elemento utilizado há anos para a fabricação de vidros e cerâmicas, no tratamento de ar ou como aditivo em lingote contínuo, o lítio ganhou uma nova função primordial: ser mineral estratégico para a confecção de baterias para carros elétricos e híbridos. Agora, ele é fundamental para a transição energética mundial.
O lítio ocorre principalmente em salmouras evaporíticas e em rochas duras, conhecidas como pegmatitos. No Brasil, o lítio é um extraído do mineral espodumênio, em pegmatitos, que é encontrado no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; na província de Borborema, localizada entre os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e na província de Solonópole, também no Ceará. O mineral identificado em território brasileiro é considerado de boa qualidade. Segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), os recursos e reservas brasileiras alcançam um total de 1 milhão de toneladas, posicionando o Brasil como a 7ª maior reserva mundial. O Brasil é o 5º maior produtor mundial e, em 2022, produziu 2.200 toneladas.
De acordo com estimativas do Banco Mundial, a demanda global pelo minério deve aumentar quase 1.000% até 2050. Por ser um metal leve, tem um alto potencial eletroquímico e uma boa relação entre peso e capacidade energética. Por isso, seu uso para as baterias de carros híbridos e elétricos é diferencial.
Além dessa utilização, o óxido de lítio é utilizado para a fabricação de cerâmicas e vidrarias; o hidróxido de lítio é matéria-prima para graxas lubrificadas; nas indústrias elétrica e eletrônica, as baterias de íons de lítio são famosas por serem recarregáveis e terem uma alta densidade energética. Além disso, o metal é utilizado nas indústrias farmacêutica e metalúrgica.
Com o aumento da demanda mundial e o crescimento da extração do lítio no país, além de outros metais e minerais o Brasil se torna um grande protagonista na transição energética mundial.
Ministério de Minas e Energia