O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da 2ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, nesta terça-feira, 12 de dezembro. Durante a reunião, os diversos Grupos de Trabalho apresentaram seus principais resultados e recomendações debatidas ao longo do ano.
Recuperação de áreas degradadas, criação de uma política integrada para a primeira infância, lançamento de um conjunto de pólos tecnológicos de alto impacto, medidas para acesso ao crédito para micro e pequenas empresas de forma menos concentrada nos grandes centros urbanos são algumas das recomendações apresentadas ao presidente por integrantes dos GTs. Grupos que envolvem também temas como transição energética, proteção da Amazônia e Economia do Futuro, além de questões voltadas para desigualdades de direitos e democracia.
"Nós temos o caminho das pedras e temos que decidir agora se nós vamos retirar essas pedras ou não. É uma decisão que a gente vai ter depois da sabedoria de vocês de produzir soluções, de apresentar para nós esse conjunto de propostas que a gente pode saber quais poderão ser aplicadas, para a gente dar uma guinada e mudar o rumo desse país", afirmou o presidente.
Diversidade
Para o presidente, o formato do Conselhão, com pessoas de diversas origens, formações e visões de mundo, é essencial para trazer o que há de melhor em termos da visão da sociedade para dentro do governo. O desafio, segundo Lula, é transformar a riqueza de propostas em ações viáveis e fazer escolhas políticas dos caminhos possíveis, levando em conta o projeto de país que se almeja para as próximas décadas.
"Nós precisamos fazer um estudo de viabilidade econômica de quanto será o investimento para a gente colocar essas coisas maravilhosas que vocês detectaram que é preciso fazer para o Brasil dar certo. Quanto vai custar a gente fazer esse investimento?", disse o presidente Lula.
"Porque aí é que entra a decisão política. Se a gente vai dizer, como historicamente se disse, "é muito caro". E a gente não pergunta quanto custa não fazer as coisas na época certa. Quanto custou a esse país não tomar as decisões na época certa", ponderou o presidente.
Resultados
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que coordena o colegiado, afirmou que o ano terminou com uma série de expectativas superadas, tanto pelo trabalho consistente realizado de forma voluntária pelos integrantes do Conselhão em mais de 100 reuniões, quanto pelos resultados atingidos pelo país nesses primeiros 12 meses, e que muitos, segundo ele, duvidavam que seria possível.
"O Brasil, depois de sete anos, vai terminar 2023 com três coisas acontecendo ao mesmo tempo, que há sete anos não acontecia nesse país: crescimento econômico de 3%, inflação controlada e desemprego em queda, com a taxa de 7,6%, menos de 8%", declarou.
O que é
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) é o colegiado que reúne a sociedade civil para assessorar a Presidência da República na formulação de políticas públicas. Criado em 2003, o Conselhão sempre teve grande importância ao levar demandas da sociedade diretamente ao presidente da República, ajudando na construção de políticas públicas mais eficientes.
Foi recriado em 2023 com o objetivo de retomar um espaço de diálogo entre o Governo Federal e a sociedade brasileira. Programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento foram gestados nesse formato.
O Conselhão é presidido pelo presidente Lula e tem como membros o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, que coordena o colegiado, e cidadãos brasileiros de "ilibada conduta" e "reconhecida liderança".
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