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Inflação em baixa

Prévia da inflação comprova queda nos preços da gasolina e da comida

IPCA-15 registra diminuição de 3,75% do grupo combustíveis e de 0,51% de alimentos e bebidas.


Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados do IPCA-15, considerados uma prévia da inflação mensal, comprovam que as medidas adotadas pelo governo Lula estão provocando a queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos.

Neste mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 registrou aumento de apenas 0,04%, caindo pelo segundo mês consecutivo. De abril para maio, o IPCA-15 caiu de 0,57% para 0,51%.

Além disso, o índice ficou em 3,40% no acumulado dos últimos 12 meses, menor taxa registrada desde setembro de 2020. Com tantos dados positivos, só restou à mídia que torce contra destacar que a previsão de alguns analistas era que a desaceleração da inflação fosse ainda maior.

O bom resultado de junho foi influenciado principalmente pela queda nos preços dos combustíveis, que juntos caíram 3,75%. Enquanto a gasolina apresentou queda de 3,40%, após a Petrobrás ter reduzido em R$ 0,13 o valor do litro para as refinarias, óleo diesel recuou 8,29%; o etanol, 4,89%; e o gás veicular, 2,16%.

O grupo alimentos e bebidas também tiveram grande influência no resultado do IPCA-15 de junho, com queda de 0,51%. Segundo o IBGE, as principais quedas de preços vieram de óleo de soja (-8,95%), frutas (-4,39%), leite longa vida (-1,44%) e carnes (-1,13%). A redução no preço dos alimentos já foi captada por outras medições e é influenciada pelo barateamento dos combustíveis, uma vez que o frete fica mais barato.

Juros precisam cair logo

Com mais uma evidência de que a inflação está cada vez mais sob controle, torna-se insustentável a taxa de juros a 13,75%, que o presidente bolsonarista do Banco Central, Roberto Campos Neto, insiste em praticar, de maneira completamente irresponsável.

Em ata divulgada nesta terça-feira, o Conselho de Política Monetária (Copom) sinalizou a possibilidade de que os juros venham a cair, mas nao antes de agosto.

"Prévia mostra inflação desacelerando, em 12 meses já recua pra 3,40%. Mas a ata do Copom ainda prega cautela e parcimônia, sinalizando queda dos juros só para agosto. Tá segurando uma decisão que já podia ter sido tomada antes diante dos sinais positivos da economia", afirmou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.

"Mesmo que caia, ainda não vai ser suficiente pra deixarmos de ter o maior juros reais do mundo, processo de queda já deveria ter começado, para ter efeito de verdade. Até lá, o setor produtivo continua apertado, e o povo, endividado", completou.

pt.org.br

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