A partir de amanhã (10), às 18:30, o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) promove a exibição gratuita de três documentários premiados integrando a ocupação artística "Desexílio: passado presente" do artista visual baiano, Jean Wyllys, que também é escritor, jornalista e ativista dos direitos humanos. A exibição acontecerá às quartas, quintas e sextas durante três semanas, sempre às 18:30, com programação detalhada mais abaixo! Os filmes são "Entre os homens de bem" (2015 – de Carlos Juliano e Caio Cavenchini), "Quebrando mitos" (2021 – de Fernando Grostein e Fernando Siqueira) e "Corpolítica" (2022 – de Pedro França). As sessões têm acesso livre em um dos pátios do MAC, integrando o projeto "Cine Paredão". Nos três filmes, a figura de Jean Wyllys como ator político e cultural emerge como uma representatividade que passa para a história.
O documentário "Entre os homens de bem" de 2015 expõe um período de três anos da rotina no âmbito público do então deputado Jean Wyllys, o que provoca uma reflexão sobre uma época de polarização na política brasileira, além da luta institucional e política em favor das minorias na sociedade brasileira. "?Quebrando mitos" de 2021, tem direção de Fernando Grostein – irmão do apresentador da TV Globo, Luciano Huck – e do seu companheiro o ator e cantor Fernando Siqueira. O filme faz um retrato sobre a masculinidade frágil e catastrófica do governo Bolsonaro na visão de um casal LGBTQIA+. E o "?Corpolítica" de 2022 de Pedro França, explora as candidaturas LGBTQIA+ no país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. O filme também investiga o vazio de representatividade no cenário político brasileiro em meio a um governo de extrema-direita, com depoimentos importantes de candidatos em vários partidos.
Exílio e biografia
Jean Wyllys viveu fora do Brasil a partir de 2019, quando teve de deixar o país e seu mandato de deputado federal devido a ameaças de morte. A atual exposição "Desexílio: passado presente" desenhos, pinturas, colagens e sobreposições que o artista fez durante o seu exílio. O MAC e Salvador foi escolhido como primeiro local para a exposição. Segundo Jean Wyllys a prática com as artes visuais foram uma terapia nos momentos mais duros desse exílio imposto por uma campanha de ódio contra ele.
Jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Jean Wyllys trabalhou na Tribuna da Bahia, Correio da Bahia, TV Globo, G Magazine, Carta Capital e UOL, além de ter ministrado aulas de Teoria da Comunicação em diferentes Universidades dentro e fora do país. Jean sempre se mostrou preocupado com os impactos da comunicação de massa nas democracias e nos comportamentos das pessoas.
Wyllys coordenou a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação e o Direito à Informação, além de ter sido membro das comissões de Cultura e Direitos Humanos e Minorias por dois mandatos. Eleito para um terceiro, Wyllys teve de renunciar em razão de ameaças de morte que lhe obrigaram ao exílio por cinco anos. Além de se dedicar às artes visuais, atualmente o baiano trabalha no portal de jornalismo londrino openDemocracy. Mais informações sobre o MAC_BAHIA no instagram @mac_bahia. Dados sobre o IPAC no perfil @ipac.ba do instagram, o perfil Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia no facebook e no site www.ipac.ba.gov.br.
Exibição gratuita, sempre às 18:30
PRIMEIRA SEMANA:
10/01 - Entre os homens de bem (2015), de Carlos Juliano e Caio Cavenchini
11/01 - Quebrando mitos (2021), de Fernando Grostein e Fernando Siqueira
12/01 - Corpolítica (2022), de Pedro França
SEGUNDA SEMANA:
17/01 - Quebrando mitos (2021), de Fernando Grostein e Fernando Siqueira
18/01 - Corpolítica (2022), de Pedro França
19/01 - Entre os homens de bem (2015), de Carlos Juliano e Caio Cavenchini
TERCEIRA SEMANA:
24/01 - Corpolítica (2022), de Pedro França
25/01 - Entre os homens de bem (2015), de Carlos Juliano e Caio Cavenchini
26/01 - Quebrando mitos (2021), de Fernando Grostein e Fernando Siqueira
Fonte: Assessoria de Comunicação - IPAC