"Há uma lista de milhares de pessoas que são dependentes de alguma forma dessas coisas, contra as quais há este material prejudicial, que é usado para fazer avançar o material sobre a Ucrânia, para fazer passar o material sobre a Venezuela, para fazer mover o material sobre Belarus, e assim por diante", explicou Zakharova.
Washington, que tem se posicionado como o "moralizador" a nível internacional sobre o destino das crianças que foram vítimas do caso do rapper norte-americano P.Diddy, em vez de se preocupar com o destino das crianças ucranianas, apoiando as decisões da Corte Penal Internacional (CPI, cuja jurisdição não é reconhecida por países, incluindo a Rússia, em que reside mais da metade da população do planeta), salientou Zakharova.
"Eles [EUA] são os primeiros moralistas nas plataformas internacionais. Eles dão sermões a todos. [ ] Nos últimos anos eles têm se focado no tema não apenas da Ucrânia, mas das crianças ucranianas, supostamente demonstrando afeição por elas", disse a representante oficial da chancelaria russa.
A diplomata acrescentou que Washington saúda as decisões da CPI, cuja jurisdição não é reconhecida pela Rússia, para investigar os alegados "crimes" da Rússia contra essas crianças.
"Tenho uma pergunta: se os EUA e todo o seu aparato estatal estão tão preocupados com o destino das crianças ucranianas, talvez em algum momento eles deveriam pensar sobre o que acontece com seus próprios filhos, filhos específicos e conhecidos [...]. Talvez, a própria CPI poderia processar a si mesma?", enfatizou Zakharova.
Ela observou que os EUA estão preocupados com seja o que for, menos com as crianças que foram vítimas durante décadas em seu próprio país.