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Com crédito do BNDES ampliado para R$ 1,2 bi, duplicação do Eixão das Águas é assinada

Ordens de serviço para execução imediata das obras nos trechos 3, 4 e 5 foram assinadas nesta terça, em cerimônia com presença de Lula, governador do Ceará e do diretor do BNDES

Por Jorge Matos em 03/12/2024 às 19:29:36
Com crédito do BNDES ampliado para R$ 1,2 bi, duplicação do Eixão das Águas é assinada. Foto:Ricardo Stuckert/PR

Com crédito do BNDES ampliado para R$ 1,2 bi, duplicação do Eixão das Águas é assinada. Foto:Ricardo Stuckert/PR

Apoio adicional de R$ 731 milhões vem dos R$ 823 mi aprovados para o novo plano de investimentos em recursos hídricos do Ceará

Operação, que beneficia cerca de 47% da população cearense, está alinhada à meta do G20 de universalização do acesso à água até 2033

Outros R$ 497 mi, contratados em setembro, serão destinados imediatamente à obra do Novo PAC

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou o financiamento ao projeto de duplicação do Eixão das Águas, no Ceará, incluído no Novo PAC, para o valor total de R$ 1,2 bilhão. As ordens de serviço para execução imediata das obras nos trechos 3, 4 e 5 foram assinadas nesta terça-feira, 3, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador do Ceará, Elmano de Freitas, e do diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa.

A operação, que vai beneficiar cerca de 47% da população cearense, está alinhada à meta de universalização do acesso ao fornecimento de água tratada até 2033, estabelecida pelo G20 em julho, por acordo entre ministros de países-membros do grupo, que reúne os ministros de finanças e chefes de bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana e a União Europeia.

Além da destinação imediata de R$ 497 milhões já contratados em setembro deste ano, o apoio adicional de R$ 731 milhões virá do crédito de R$ 823 milhões destinado ao novo plano de investimentos em recursos hídricos do Estado, sendo R$ 250 milhões com recursos do Fundo Clima e o restante do programa BNDES Invest Impacto. O novo crédito é fruto de negociações em evolução desde a operação de setembro, também do BNDES Invest Impacto, que destinou ainda outros R$ 500 milhões à Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), contribuindo para o alcance da meta de universalização de esgotamento sanitário até 2033.

O financiamento adicional permitirá a execução imediata da obra, que alcançará 27 municípios, beneficiando 4,1 milhões de pessoas. Com 256 km de extensão, o Eixão é um conjunto de canais e sifões adutores de água bruta, que liga o Açude Castanhão, maior reservatório de água doce do Brasil, ao Porto de Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, atendendo três distritos industriais (Maracanaú, Horizonte e Pacajus) e os distritos de irrigação Jaguaribe–Apodi e Tabuleiro de Russas.

O projeto contempla equipamentos e tubulação necessários para duplicação da vazão, de 11 metros cúbicos por segundo para 22 m 3 /s no trecho 1 e de 9,5 m 3 /s para 19 m 3 /s nos demais trechos. Para acelerar a implantação, o Estado licitou e contratou cinco lotes de obras civis, para execução simultânea, e dois serviços de supervisão.

"O Ceará tem 90% do seu território inserido no semiárido nordestino, o que o torna vulnerável aos fenômenos de seca. As obras do Eixão das Águas, que estão dentro do Novo PAC do governo Lula, aumentarão a segurança hídrica do Estado, em especial da Região Metropolitana de Fortaleza, e reduzirão a vulnerabilidade socioambiental da população", avaliou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Para o governador Elmano de Freitas, a ampliação do apoio do BNDES e a assinatura das ordens de serviço constituem um passo fundamental para a concretização da obra. "Com a duplicação, a capacidade de adução passará a ser máxima, aumentando a vazão e, consequentemente, a oferta de água do Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza e para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém", ressaltou. "A integração das bacias hidrográficas do Vale do Jaguaribe e da Região Metropolitana, além de reforçar o abastecimento hídrico, impulsionará o desenvolvimento regional".

Fonte: Agência Gov

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