O novo modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) implementado pelo Ministério da Saúde em maio deste ano impactou diretamente na vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) : somente em 2024, 3.448 equipes Multiprofissionais (eMulti) foram implantadas, após a retomada do incentivo no ano passado.
Já as equipes de Saúde da Família (eSF) saltaram de 48.606, em 2022, para 53.356 neste ano, representando um aumento de 4.750 em apenas dois anos. Esse crescimento se deve à priorização do financiamento, da qualidade e indução de boas práticas do aumento no provimento do Programa Mais Médicos na reconstrução da Estratégia Saúde da Família.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, destaca a importância do cuidado integral à população.
"As equipes multiprofissionais deixaram de ter o cofinanciamento na gestão passada. Agora, com a retomada, foi necessário aprender com a estratégia dos núcleos de apoio à Saúde da Família e receber as demandas dos municípios. É bom saber que atingimos o recorde de criação de equipes em um só ano", disse o secretário
.O salto também foi registrado no número das equipes de Consultório de Rua: 173 (2022) para 245 (2024); equipes de Saúde da Família Ribeirinha: 203 (2022) para 310 (2024); equipes de Atenção Primária Prisional: 320 (2022) para 635 (2024); e Unidades Básicas de Saúde Fluviais: 37 (2022) para 65 (2024).
Com a reestruturação, o investimento na APS saiu de R$ 12,1 bilhões, em 2023, para R$ 16,1 bilhões em 2024. O valor recebido pelas eSF varia de acordo com o estrato do município em relação ao Índice de Equidade e Dimensionamento com cadastro completo e parâmetros médios recomendados entre duas e três mil pessoas por equipe. No método anterior, as equipes eram pagas por número de pessoas identificadas na atenção primária, o que não significa que essas pessoas eram de fato assistidas, sobrecarregando as equipes e dificultando no acesso e atendimento para a população.
Novas metas
Para os próximos anos, o objetivo é expandir o acesso e a cobertura da Saúde da Família para todos os municípios, com prioridade às áreas de vulnerabilidade social. No novo modelo de gestão, a ideia é proporcionar mais qualidade no atendimento com a ampliação do horário até às 22h e mais equipes na mesma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Há, ainda, a pretensão de implementar mais programas de formação e provimento médico e de demais categorias profissionais a partir da ampliação das equipes de saúde da família e implementação de equipes multiprofissionais e de saúde bucal.
De casa em casa
No começo do mês de dezembro, o Ministério da Saúde lançou a campanha publicitária Onde tem família, agora, tem mais cuidado para reforçar a expansão da atenção primária no SUS e o investimento em uma assistência de bairro em bairro, de casa em casa, valorizando as visitas domiciliares.
Fonte: Agência Gov