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Educação

Institutos federais aumentarão campi e criarão 12 mil novas vagas

Portaria do MEC transforma 30 unidades avançadas em campi, o que permitirá criar 12 mil vagas nos próximos anos. Normativo também autoriza a criação de um novo campus em Pedra Branca do Amapari, no Amapá


Campus Abelardo Luz do Instituto Federal Catarinense (IFC). Foto: Divulgação

O Ministério da Educação publicou nesta segunda-feira (20/1) a Portaria nº 34/2025, que cria 30 novos campi a partir da transformação de unidades avançadas de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A mudança dobra a capacidade de atendimento dessas unidades, de 400 para 800 estudantes cada.

Ao todo, 20 institutos federais de 18 estados foram contemplados, com expectativa de que sejam criadas, nos próximos anos, 12 mil novas vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.

"Nossa ideia é que a gente possa ampliar o ensino técnico integrado ao ensino médio e essa é uma demanda também de 80% dos jovens dessa etapa. O Brasil tem, hoje, apenas 11% de matrículas do ensino médio integrado. Queremos chegar a 35% nos próximos cinco anos. É uma meta ousada para países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], mas é importante que o aluno já saia com uma profissão do ensino médio. E isso não quer dizer que esse jovem não possa ir também para a universidade", defende o ministro da Educação, Camilo Santana.

A mudança de tipologia é realizada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do MEC, por meio de critérios técnicos como tempo da autorização, oferta de cursos técnicos, número de matrículas, edificação e infraestrutura existente. Após as alterações efetuadas pela portaria, há hoje 27 campi avançados na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

"Estamos atendendo à demanda de uma década. A transformação desses campi impacta positivamente os estudantes, com mais vagas em cursos. Ela também qualifica a relação com os arranjos produtivos locais e regionais e ainda gera benefícios para a comunidade por meio de projetos de pesquisa e extensão", destaca o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli.

A nova tipologia amplia também o quadro de professores e técnicos administrativos em educação. O repasse desses cargos efetivos, além de cargos de direção e funções gratificadas, para o funcionamento dos campi fica condicionado à sua criação por meio de lei.

Novo campus

A portaria também autorizou o funcionamento do Campus Pedra Branca do Amapari, do Instituto Federal do Amapá (Ifap). A unidade, que funcionava como centro de referência, tem 821m² de área e é composta por salas de aula, laboratórios, biblioteca, lanchonete, salas administrativas e área de convivência. Atualmente, oferta a 300 estudantes os cursos técnicos subsequentes (para concluintes do ensino médio) em Administração, Meio Ambiente, Recursos Humanos e Controle Ambiental, na modalidade de educação a distância (EaD), bem como cursos de qualificação profissional.

Com o novo campus, a Rede Federal passa a contar com 686 unidades presentes em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, ofertando gratuitamente cursos de qualificação profissional, técnicos, superiores e pós-graduação a mais de 1,6 milhão de estudantes. São mais de 12,9 mil cursos disponíveis, além de projetos de extensão para a comunidade e desenvolvimento de pesquisas aplicadas.

Agência Gov

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