A ilha de Itaparica é a maior e mais importante das 56 ilhas da Baía de Todos os Santos. Tem 36 quilômetros de ponta a ponta e sua maior largura é de 21 quilômetros. A menor distância de Salvador é de seis milhas marítimas. A travessia entre Salvador e a ilha de Itaparica é feita pelo sistema ferry-boat ou pelas lanchas que aportam em Mar Grande, sede administrativa do município de Vera Cruz, um dos dois que compõem a ilha; o outro é Itaparica. A população total da ilha, segundo o Censo do IBGE de 2022 é de 62.366 habitantes, sendo 42.577 em Vera Cruz e 19.789 em Itaparica.
A ilha de Itaparica foi descoberta pelos europeus em 1º de novembro de 1501 por Américo Vespúcio, porém a ilha já era ocupada por índios tupinambás.
A ocupação europeia deu-se cerca de 59 anos depois, em 1560 a partir de um pequeno núcleo de povoamento fundado por jesuítas na contra-costa, onde hoje está a localidade de Baiacu – então denominada Vila do Senhor da Vera Cruz. Foi em Baiacu que os jesuítas fizeram a primeira obra de engenharia hidráulica da colônia, uma barragem para o suprimento de água potável para o povoado.
A riqueza gerada na ilha de Itaparica com o plantio de cana de açúcar levou a que corsários ingleses atacassem a ilha em 1597. Entre os anos de 1600 e 1647, foi invadida pelos holandeses. Durante a última destas invasões, os holandeses chegaram a construir um forte na cidade de Itaparica denominado Forte de São Lourenço.
A ilha foi emancipada de Salvador em 8 de agosto de 1833 e elevada a condição de cidade em 30 de julho de 1962. Posteriormente, o município foi desmembrado em dois: o de Itaparica e o de Vera Cruz.
Itaparica vem do Tupi e significa 'cerca feita de pedras', por causa dos arrecifes que contornam grande parte da costa da ilha.
Os estaleiros da Ilha de Itaparica se destacavam durante a colônia. Lá se armou a primeira quilha da Marinha de Guerra do Brasil. Nesta época, também existiam cinco destilarias de aguardente, além das fábricas de cal, que seriam nove em meados do século XIX. Porém, a maior atividade econômica da ilha foi a pesca da baleia, sobretudo durante os séculos XVII e XVIII. Por isso, antes de chamar-se Itaparica, era conhecida como Arraial da Ponta das Baleias.
A Ilha de Itaparica está ligada ao continente, no extremo sudeste (Estreito do Funil), pela ponte João das Botas na estrada BA-001, que contorna qrande parte do litoral da Bahia.
Atrações
A Ilha de Itaparica é uma das mais belas do litoral brasileiro. Sua costa, em grande extensão, é cercada por recifes de corais, que se prolonga de Bom Despacho até a Ponta de Aratuba, proporcionando um banho de mar tranquilo em quase todos os 40 quilômetros de praias. Os recifes servem de quebra mar, diminuindo a força das ondas e formando um viveiro natural de polvos, lagostas e outros mariscos. A maioria destas praias tem águas rasas, mansas e mornas.
Em 20 de outubro de 1997 foi constituída, através do Decreto-lei 467, a Área de Preservação Ambiental Pinaúnas.
A Ilha de Itaparica possui um conjunto histórico e arquitetônico dos mais aprazíveis, praias de águas mornas, folclore diversificado, artesanato próprio e culinária das mais apreciadas em todo o Brasil. A ilha dispõe de serviços de qualidade com hotéis, restaurantes, passeios de barco, pára-quedismo e muitas outras opções de entretenimentos.
Itaparica
A cidade de Itaparica é a única estância hidromineral à beira-mar das Américas. Sua água é carbonatada e sulfatada com boa dose de ácido carbônico, teor de radiatividade na fonte a vinte graus centígrados de 0,82 maches. Tem poder digestivo e diurético, sendo recomendada especialmente para pacientes com problemas no fígado e no baço.
Fonte: Redação