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Relações exteriores

Lula diz que Trump 'não é xerife do mundo'

Lula afirmou que 2025 é "o ano da colheita", e que seu governo vai terminar o atual mandato "fazendo muito mais"


Foto: Sputnik / Fabian Falconi

Em evento no Rio de Janeiro para celebrar os 45 anos do PT, Lula lamentou que informações sobre ações do governo não tenham chegado à população, exaltou o ministro Alexandre de Moraes e criticou as medidas protecionistas e expansionistas de Donald Trump.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (22) da cerimônia do aniversário de 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento ocorreu no Armazém 3, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.

Em discurso no evento, no início da tarde, Lula afirmou que vai distribuir material a apoiadores para informar sobre as ações tomadas por sua gestão nos últimos dois anos. Em seu menor nível histórico de aprovação, Lula crê que há uma falha de comunicação de seu governo com a população que não percebe a melhoria do país.

"Eu pensei que a gente tinha trazido para vocês um material que a gente tem que entregar. Mas, lamentavelmente, houve um erro, a gente não entregou. Nós vamos distribuir o material para que cada militante do PT saiba tudo que foi feito nesses últimos dois anos. [...] Lamentavelmente, a gente não conseguiu fazer com que isso chegasse até vocês. E o que nós queremos é que vocês saibam cada coisa que nós fizemos. É muita coisa", disse o presidente.

Lula afirmou que "seria louco" se voltasse ao governo para ser um "fracasso", depois de ter deixado a presidência em 2010 com 80% de aprovação. Ele afirmou que 2025 é "o ano da colheita", e que seu governo vai terminar o atual mandato "fazendo muito mais".

"Esse ano é o ano da colheita. Esse ano nós vamos entregar a jabuticaba que nós plantamos, a soja que nós plantamos, o milho que nós plantamos, o arroz que nós plantamos", afirmou o presidente.

Lula também criticou as medidas protecionistas tomadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que elas revelam que os EUA não são o "paladino da democracia", como tentaram se vender desde a Segunda Guerra Mundial, e que hoje defendem uma visão oposta ao livre comércio que defendiam desde os anos 1980. Lula criticou ainda as ações expansionistas de Trump, afirmando que o norte-americano "não foi eleito para ser xerife do mundo".

"O Canal do Panamá é dele [Trump]. O Canadá não é mais um país, é um estado [dos EUA]. A Groenlândia é dele. O México não tem mais o golfo, o golfo agora passou para a América. Ele não foi eleito para ser xerife do mundo. Ele foi eleito para governar os EUA, e ele que governe bem. E quem vai governar o Brasil somos nós."

O presidente disse que nada vai fazer com que seu governo mude o rumo, e saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo de ataques da oposição, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, por darem andamento ao julgamento dos atos de 8 de Janeiro e ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Não adianta perseguir o Alexandre de Moraes, porque nós precisamos dar os parabéns ao Alexandre de Moraes e ao procurador-geral da República pela denúncia contra os golpistas [...]. Eles agora estão pedindo anistia. Nem foram condenados, já querem ter anistia. Eles deveriam estar pedindo era [a declaração de] inocência, não pedir anistia. Eles vão ser julgados. Se tiver culpa, vão ser condenados", afirmou o presidente.


Agência Sputnik

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