O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,4% em 2024 em relação a 2023, e totalizou R$ 11,7 trilhões. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (7/3), o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3% frente ao ano anterior. O índice mede a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país.
O crescimento do Brasil ficou entre os maiores registrados entre as economias mais relevantes, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil aparece em quinto, atrás apenas de China, Costa Rica, Rússia e Dinamarca, e à frente de Espanha, Turquia, Polônia, Estados Unidos, Lituânia, Noruega e Coreia do Sul, que aparecem na sequência. "PIB crescendo é mais emprego e renda na mão dos brasileiros e das brasileiras. 2025 é o ano da colheita", postou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais.
O crescimento do PIB em 2024 foi puxado por vários setores da Indústria (+3,3% de crescimento) e de Serviços (+3,7%). A agropecuária, diante de um cenário climático desafiante, apresentou resultado negativo no período, de 3,2%. Para 2025, no entanto, a perspectiva é de safra recorde para o país.
"O PIB per capita do Brasil em 2024 foi de R$ 55.247,45. Cresceu 3% em termos reais. Isso equivale a R$ 4.604 por mês por habitante. Significa aumento da renda média do brasileiro. Agora é seguir avançando, combatendo a inflação para baratear o preço dos alimentos", afirmou a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
INDÚSTRIA - No setor de indústria, o destaque foi a Construção, com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação também das Indústrias de Transformação (3,8%), puxada, principalmente, pela alta na fabricação da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis. Cresceram também setores de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as Indústrias Extrativas (0,5%).
SERVIÇOS — Houve crescimento em todas as atividades que compõem os Serviços: Informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,3%), Comércio (3,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), Atividades imobiliárias (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).
AGROPECUÁRIA — O setor da Agropecuária sofreu queda de 3,2% em decorrência do fraco desempenho da Agricultura, que suplantou a contribuição positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
CONSUMO DAS FAMÍLIAS — Em 2024, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior, puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%.
EXPORTAÇÕES — No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos, máquinas e aparelhos elétricos, veículos automotores, máquinas e equipamentos e serviços.
Agência Gov | Via Planalto