Foto: Sputnik / Mikhail Klementiev
"O tempo não está contra a Rússia. O tempo está contra a Ucrânia porque quanto mais a Ucrânia mantém isso em combate, mais provavelmente ela vai perder territórios."
A frase é do pesquisador do Núcleo de Avaliação da Conjuntura (NAC) da Escola de Guerra Naval (EGN) e especialista em Rússia Rafael Esteves Gomes, em entrevista à Sputnik Brasil, ao comentar as declarações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (13).
Sua avaliação é de que a Rússia está em posição de força, em vantagem no conflito e sabe que pode fazer exigências:
"A Rússia está avançando, está expulsando as tropas ucranianas da Rússia, está avançando na Ucrânia. O que Vladimir Putin, o presidente da Rússia, indicou é que ele está disposto a aceitar um cessar-fogo mais longo, maior do que 30 dias, porém com algumas condicionantes", comentou.
Entre elas, que a Ucrânia não se rearme nem reúna mais forças nos campos de batalha, que não busque tomar áreas como Kursk, além de que as exigências originais envolvendo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sejam atendidas.
"É bem complexo o cenário. Acredito que precisa de maior quantidade de países, principalmente do Sul Global, tentando estimular uma negociação de paz, que até então tem sido mediada de forma até bem inconsistente pelos Estados Unidos e pelos países do Oriente Médio. Mas acredito que países do Sul Global, como o próprio Brasil, China, conseguiriam fazer uma mediação, principalmente China, uma mediação mais equilibrada. Mas assim, Índia também, entre outros países."
Fonte: Agência Sputnik