"O Brasil voltou!"
A frase utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva retrata bem a repercussão dos fatos na mídia nacional e internacional desde que, a partir de sua posse, ele decidiu que o país teria que retomar o seu protagonismo mundial e reestabelecer as relações internacionais estagnadas, ou até mesmo sabotadas, durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro.
Nesses seis meses do seu terceiro mandato presidencial, o presidente Lula realizou várias viagens internacionais, onde participou de reuniões bilaterais e de cúpulas com os mais importantes chefes de Estado do mundo. Até o momento, ele já se reuniu com mais de 40 líderes de países e representantes de organizações internacionais e transnacionais dentro e fora do país. Com essa nova atuação, vão no passado os anos de isolamento e de relações internacionais desastrosas, quando o Brasil chegou a ser considerado como um pária entre as maiores nações do planeta.
Assim, o Brasil vem retomando o seu protagonismo nos debates sobre temas como o combate às desigualdades, mudanças climáticas e reforma das instituições multipolares internacionais, além de conseguir recursos com outros países para investimentos, como o Fundo Amazônia. Com o Reino Unido, a União Europeia e os Estados Unidos, o presidente Lula já negociou investimentos na ordem de R$ 3,1 bilhões, além de mais R$ 10 bilhões na produção de combustível.
O Brasil também já formalizou acordos que somam R$ 50 bilhões na visita à China, e R$ 12,5 bilhões nos Emirados Árabes. Além disso, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou uma linha de crédito no valor de R$ 1 bilhão voltada ao setor de saúde brasileiro.
Em seu esforço pela busca da paz, a preservação do meio ambiente e a redução da fome e da pobreza no mundo, Lula também se encontrou com o Papa Francisco, no Vaticano, quando debateu esses temas com o chefe da Igreja Católica.
COP 30
Outra conquista alcançada neste início de governo foi a escolha da cidade de Belém do Pará para sediar, em novembro de 2025, a Conferência Mundial do Clima (COP 30) da Organização das Nações Unidas, que é o evento mais importante sobre as mudanças climáticas em todo o planeta. A sugestão de Lula para que a sede da COP 30 fosse na região da Amazônia foi acatada pela ONU.
Relações pragmáticas
O deputado federal Odair Cunha (PT-MG), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, em entrevista ao programa Jornal PT Brasil, da TvPT, falou sobre a volta do protagonismo internacional do país.
"É importante a gente ter clareza que o Brasil voltou a ser internacional. As nações do mundo procuram o Brasil, se relacionam com o nosso país, têm interesses comerciais, políticos, é claro, mas sobretudo porque o presidente Lula quer recolocar o Brasil na agenda internacional. Isso, é claro, levando em conta que nós buscamos relações tendo uma visão pragmática e programática, levando sempre em conta os interesses do país", afirmou Odair Cunha.
O parlamentar petista destacou que "o presidente Lula se coloca no mundo pronto para discutir os assuntos climáticos, mas que resguarda sempre a soberania nacional, com a clareza de que a Amazônia pertence ao Brasil, é território nacional".
Durante entrevista, Odair Cunha garantiu também que, além dos investimentos bem sucedidos para o Fundo Amazônia, também foram celebrados vários acordos comerciais que vão beneficiar a economia brasileira.
Investimentos da União Europeia
Na semana passada, o presidente Lula participou da cúpula entre a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a União Europeia, quando ele defendeu os interesses dos países do Mercosul dentro do acordo que a União Europeia propõe e que o governo brasileiro pretende ver concluído ainda em 2023.
Na ocasião, Lula celebrou o interesse demonstrado pela UE em realizar investimentos da ordem de 45 bilhões de euros (cerca de R$ 242 bilhões) na América Latina. O Brasil assumiu novamente o seu papel de liderança e de maior economia do continente.
A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil e a expectativa de Lula é de que a corrente de comércio possa ultrapassar este ano a marca de US$ 100 bilhões.
E no retorno ao Brasil, após a cúpula Celac-União Europeia, Lula fez uma visita a Cabo Verde, na África, quando anunciou que o Brasil vai abrir embaixadas em países africanos que ainda não tem para também retomar as relações com os países africanos, que foram suspensos no governo passado.
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