Em abril de 2023, o volume de serviços no Brasil recuou 1,6% frente a março, na série com ajuste sazonal, após ter acumulado um ganho de 2,1% entre fevereiro e março últimos. Com isso, o setor ficou 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,9% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).
Na série sem ajuste sazonal, frente a abril de 2022, o volume de serviços avançou 2,7%, 26ª taxa positiva consecutiva. O acumulado do ano foi de 4,8% e o acumulado nos últimos 12 meses passou 7,3% em março para 6,8% em abril, menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%).
A retração de 1,6% do volume de serviços em abril de 2023, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de transportes (-4,4%), que devolveu parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março. Os demais recuos vieram dos serviços de informação e comunicação (-1,0%); dos profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e dos outros serviços (-1,1%).
Em sentido oposto, a única expansão do mês ficou com os serviços prestados às famílias (1,2%), que recuperaram parte da perda acumulada (-2,2%) entre fevereiro e março.
A média móvel trimestral foi de 0,2% no trimestre encerrado em abril de 2023 frente ao mês anterior, alcançando, assim, o primeiro resultado positivo de 2023.
Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, três das cinco atividades, houve disseminação de taxas positivas, com avanços em três das cinco atividades: transportes (0,9%); informação e comunicação (0,6%); e profissionais, administrativos e complementares (0,6%), ao passo que, outros serviços (-0,4%) e os serviços prestados às famílias (-0,3%) assinalaram taxas negativas.
Ante abril de 2022, o volume de serviços avançou 2,7%, sua 26ª taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 57,2% dos 166 tipos de serviços investigados.
As principais contribuições positivas vieram de informação e comunicação (4,0%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (4,0%). Os demais avanços vieram dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,0%) e dos serviços prestados às famílias (2,9%). Em sentido oposto, o único resultado negativo ficou com o setor de outros serviços (-0,9%).
O acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, foi a 4,8%, com taxas positivas em todas as atividades e em 59,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
Serviços recuam em 26 das 27 Unidades da Federação em abril
Em abril, o volume de serviços recuou em 26 das 27 Unidades da Federação, em relação a março. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-5,5%), seguidos por Santa Catarina (-3,5%), Goiás (-5,6%) e Mato Grosso (-4,2%). Em contrapartida, Ceará (1,0%) exerceu a única contribuição positiva do mês.
Frente a abril de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com Minas Gerais (6,9%), seguido por Paraná (8,7%), Santa Catarina (10,7%), São Paulo (0,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%). Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,3%), Alagoas (-1,8%) e Amapá (-4,2%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2023, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo veio de São Paulo (2,4%), seguido por Rio de Janeiro (5,8%), Minas Gerais (8,4%), Paraná (10,5%) e Santa Catarina (10,4%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-0,2%) registrou a única influência negativa sobre índice nacional.
Índice de atividades turísticas fica em -0,1% em abril
Em abril de 2023, o índice de atividades turísticas teve variação negativa de 0,1% frente ao mês anterior, terceiro resultado negativo seguido, período em que acumulou uma perda de 1,6%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Regionalmente, apenas cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de retração. A influência negativa mais relevante ficou com Distrito Federal (-6,2%), seguido por Paraná (-2,8%), Bahia (-1,3%) e Pernambuco (-1,7%). Por outro lado, São Paulo (1,0%) e Rio de Janeiro (2,6%) assinalaram os principais avanços em termos regionais.
Frente a abril de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 1,4%, 25ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de locação de automóveis; atividades teatrais, musicais e de espetáculos em geral; agências de viagens; serviços de bufê; e transporte rodoviário coletivo de passageiros.
Houve altas em cinco das 12 UFs onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (3,6%), seguido por Minas Gerais (10,1%), Paraná (3,6%) e Rio Grande do Sul (1,1%). Em contrapartida, Distrito Federal (-10,0%) exerceu o impacto negativo mais relevante, seguido por Pernambuco (-7,4%), Goiás (-4,4%) e Rio de Janeiro (-0,5%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 8,4 % frente a igual período de 2022, impulsionado pelos aumentos de receita dos ramos de locação de automóveis; restaurantes; hotéis; agências de viagens; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Houve altas em 11 dos 12 locais investigados, com destaque São Paulo (8,3%), Minas Gerais (20,4%), Rio de Janeiro (5,0%), Bahia (11,7%), Paraná (13,7%) e Santa Catarina (11,6%). Em contrapartida, Distrito Federal (-1,0%) apontou o único resultado negativo. Em abril, transportes de passageiros e de cargas recuam
Em abril de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil recuou 1,4% frente a março, na série com ajuste sazonal, segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 4,7%. Dessa forma, o segmento encontra-se 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas recuou 3,4%, eliminando, assim, pequena parte do ganho de 8,0% verificado entre fevereiro e março. O segmento está 3,4% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em março de 2023. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,9% acima de fevereiro de 2020.
Na comparação com abril de 2022, o transporte de passageiros, ao recuar 5,2%, interrompeu uma sequência de 24 taxas positivas seguidas, ao passo que o transporte de cargas cresceu 7,8%, assinalando o 32º resultado positivo consecutivo.
No indicador acumulado do primeiro quadrimestre, o transporte de passageiros cresceu 3,9% e o de cargas avançou 10,7%.
Fonte: IBGE