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CPMI do Golpe

Surgem novas jóias na história de Bolsonaro

Em mensagens, o tenente-coronel Mauro Cid informa subalternos sobre a existência de pedras preciosas que não deveriam ser cadastradas no sistema da presidência.


Deputado Rogério Correia - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Na sessão desta terça-feira (1º) da CPMI do Golpe, os parlamentares bolsonaristas usaram o depoimento do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, para insistir tese de que a tentativa de golpe do 8 de janeiro foi culpa do governo Lula.

Para isso, tentaram, a todo momento, implicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, repetindo que cabia a ele acionar as forças de segurança responsáveis por impedir a ação dos terroristas. "É uma cortina de fumaça", resumiu o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).

"Temos de fazer a investigação para descobrir quem planejou tudo isso", completou Correia, ressaltando que a oposição, em nenhum momento, quis falar sobre o vasto conteúdo que a Abin recolheu sobre os financiadores do ataque aos Três Poderes.

Coube ao deputado, então, mencionar algumas das informações contidas no relatório da Abin. Entre elas, Correia destacou que a agência identificou 83 empresários e 13 organizações, todas simpáticas a Bolsonaro, pagando ônibus para levar os golpistas a Brasília.

Pedras preciosas

A deputada Jandira Feghalli acrescentou que, entre esses empresários identificados, estão pessoas ligadas ao garimpo ilegal no Pará, o que pode ser a explicação de um novo escândalo envolvendo pedras preciosas e informado pela Abin à CPMI.

O escândalo são mensagens nas quais o tenente-coronel Mauro Cid, ex-faz-tudo de Bolsonaro, informa subalternos sobre a existência de pedras preciosas que não deveriam ser cadastradas no sistema da Presidência e entregues a ele, pessoalmente (veja no tuíte abaixo).

"Há aqui um desejo imenso de achar algum crime do ministro da Justiça, mas as teses chegam ao limiar da infantilidade. Quem faz policiamento ostensivo é a Polícia Militar, não é o GSI, não é o Plano Escudo e não é a Polícia Federal nem a PRF. Quem faz policiamento ostensivo é a Polícia Militar, e ele (Dino) fez várias demandas ao governador do Distrito Federal e tem provas, documentos, ofícios do ministro Flávio Dino demandando o governador, a PMDF e a Secretaria de Segurança Pública para agir e não houvesse exatamente o que aconteceu", afirmou Feghalli.

Tentativa sem chances de prosperar

O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) também destacou o "quão ridícula é a tentativa dos bolsonaristas de culparem quem, na verdade, foi vítima da tentativa de golpe".

"Na lógica deles, o simples fato de um assessor de quarto escalão ter recebido um alerta da Abin é suficiente para se fazer uma condenação. Então, quero dizer para o presidente Arthur Lira (da Câmara) e para o presidente Rodrigo Pacheco (do Senado) terem cuidado, porque daqui a pouco vão colocar aqui que eles foram omissos, porque afinal de contas o prédio deles foi invadido e eles receberam o alerta", argumentou Pereira Júnior.

Pelo Twitter, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, destacou que a tentativa da oposição está fadada ao fracasso.

"Bolsonaristas da CPMI do Golpe querendo jogar a culpa em Lula e no ministro Flávio Dino pelo 8 de janeiro é uma tentativa malfadada. A gente sabe que a fama dessa turma é distorcer a verdade mesmo que não faça o menor sentido. Querer dizer que o governo deixou invadir faz parte da estratégia para safar os golpistas, mas não vai prosperar", escreveu Gleisi.

Redação

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