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Segurança presidencial

PF descobre que segurança direto de Lula é membro de grupo militar defensor de golpe de Estado

O segurança em questão é o tenente-coronel André Luis Cruz Correira


Foto: Ricardo Stuckert

Após apreensão do celular de Mauro Cid, a Polícia Federal chegou a um segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estava em grupo no WhatsApp com militares da ativa que defendiam um golpe de Estado e faziam ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.

O segurança em questão é o tenente-coronel André Luis Cruz Correira, e assim que descobriu a informação, a PF levou o caso ao Palácio do Planalto, que mandou demitir Correia. No entanto, o ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, disse desconhecer o relatório da PF, segundo o G1.

Por ser subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o tenente-coronel atuava na segurança direta de Lula. Ele chegou, inclusive, a participar de viagens recentes com o presidente, como a da Bélgica.

Na avaliação da PF, só o fato de que um segurança que lida com a proteção da vida do presidente da República compor um grupo criado para dar um golpe de Estado é grave e preocupante, relata a mídia.

Procurado pelo portal, o ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou a saída de Correia da segurança presidencial e disse que se trata de uma exoneração, não uma demissão. Ele também disse desconhecer a existência de um relatório da PF que indique que Correia estava em grupo golpista.

"Não conheço. Não tinha [informações sobre o relatório da PF]. Eu acredito que não teria ajuda para ele [Correia] vir para cá [GSI]. Quem define quem vem para cá, de acordo com os critérios de seleção, é o comando do Exército. É o gabinete do comandante do Exército. [O ingresso no GSI] não é por indicação pessoal, não", afirmou Amaro dos Santos à mídia.

Em meio a tantos acontecimentos escorregadios e notórios, a Polícia Federal defende que a segurança presidencial seja feita pela PF. No entanto, para evitar desgaste com militares, Lula ordenou um modelo híbrido com GSI no comando.

Nos bastidores, o gabinete trata o episódio envolvendo Correia como mais um capítulo dessa briga, e integrantes afirmam que o tenente-coronel não pode ser julgado por integrar o grupo sem saber se houve interação ou participação ativa dele nas conversas.

Já investigadores da PF se dizem incrédulos com mais um capítulo de desconfiança envolvendo o GSI, que já teve integrantes envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Agência Sputnik, com portal G1

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