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Entrevista

Resultado da cultura de ódio e intolerância estimulada pela extrema direita, diz Padilha sobre bomba no STF

Ministro da Secretaria de Relações Institucionais reforçou, em entrevista ao Brasil em Dia desta sexta (15), a importância do diálogo e debate civilizado para a defesa da democracia


Foto: Reprodução/Canal Gov

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reforçou a importância de espaços para um debate político civilizado para que se assegure a democracia no Brasil. Padilha cita o exemplo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado Conselhão, recriado pelo presidente Lula, que reúne as mais diversas correntes de pensamento para debater ideias e projetos para o País. Em contrapartida, classifica a tentativa de atentado a bomba na qual um homem morreu na última quarta, na Praça dos Três Poderes, como resultado de uma "cultura de ódio e intolerância" que vem sendo semeada por lideranças de extrema direita.

Em entrevista ao jornal diário do Canal Gov, Brasil em Dia, desta sexta-feira (15/11), o ministro disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo dessa cultura do ódio.

"A gente está vivendo hoje um momento de ataques permanentes à democracia. Aqui no Brasil mesmo, nós vimos essa semana, como que essa cultura do ódio, da intolerância, do estímulo à violência faz com que as pessoas cometam crimes, inclusive uma pessoa perdeu a vida lá no STF. O ataque à democracia é permanente, tem que estar sempre alerta", pontuou.

"Espaços como estes que a gente reúne no Conselhão, empresários, trabalhadores, ativistas sociais, gente que é da academia, gente do Brasil inteiro com posições diferentes, mas para discutir com diálogo, com consenso, não com violência, são muito importante para afirmar a democracia", completou o ministro.

Descarbonização da economia

Ainda durante a entrevista, o ministro reforçou o potencial do Brasil no combate às mudanças climáticas. "O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas mundiais (na descarbonização econômica). Nós estamos falando em como as atividades econômicas das empresas (podem reduzir) as emissões de gás carbônico, contribuindo para a redução dos impactos das mudanças climáticas do mundo", afirmou Padilha ao lembrar da aprovação, pelo Senado, do novo regramento para a criação do mercado de crédito de carbono.

O mercado de carbono permite que empresas e países compensem suas emissões por meio da compra de créditos vinculados a iniciativas de preservação ambiental. A ideia do Projeto de Lei 182/2024 é incentivar a redução das emissões poluentes e amenizar as mudanças climáticas. O texto retorna agora para nova análise da Câmara dos Deputados.

Agência Gov

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