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SEGURANÇA HÍDRICA

Ramal que vai levar água do São Francisco para 750 mil pessoas em três estados do Nordeste será concluído em 2025

Anúncio foi feito pelo presidente Lula, durante visita às obras do Ramal do Apodi, no Rio Grande do Norte


Fotos: Dênio Simões/MIDR e Ricardo Stuckert/PR)

Estrutura integrante do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), o Ramal do Apodi, no Rio Grande do Norte, será concluído em 2025. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (1º), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez, em companhia do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, sua primeira visita às obras da transposição em seu terceiro mandato.

"Desde a época do Império que se pensa nas riquezas do rio São Francisco. Mas foi só em 2007, no meu segundo governo, que começamos esta obra. Voltar aqui, anos depois, é muita felicidade. Vamos levar água a mais municípios do Nordeste", comemorou o presidente Lula.

O ministro Waldez Góes destacou que o Projeto São Francisco voltou a ter, neste ano, os recursos necessários do Orçamento da União para garantir a conclusão de suas obras. Segundo ele, o compromisso do Governo Federal é levar água aonde for possível e para quem mais precisa.

"Os dois governos Lula [de 2003 a 2010) e o de Dilma [Rousseff] foram responsáveis por investir em torno de 90% das obras (88% do total). A transposição de São Francisco é um legado do presidente", afirmou o ministro.

Quando finalizado, o Pisf vai garantir água a famílias, produção agropecuária e negócios em 390 municípios do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ao todo, 12 milhões de brasileiros serão beneficiados.

Durante o evento, o presidente e o ministro Waldez Góes recriaram o Comitê Gestor do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O órgão será responsável pela gestão da transposição e fará o acompanhamento dos contratos de prestação de serviços que serão assinados pelos estados beneficiados.

Garantia de segurança hídrica

O Ramal do Apodi é uma das obras previstas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no eixo Água para Todos. Estão previstos mais de R$ 31 bilhões em investimentos em projetos de segurança hídrica, mais de 90% desse total destinados à Região Nordeste – o MIDR é responsável por pouco mais da metade desses recursos, R$ 16,5 bilhões. "É a maior demonstração do compromisso de, definitivamente, atuar na solução hídrica para todo o povo brasileiro", ressaltou o ministro.

Segundo Waldez Góes, ao tomar posse, em janeiro deste ano, o Governo Federal encontrou uma situação crítica de falta de dinheiro no Orçamento para o projeto. "A maioria das obras estava com previsão quase nenhuma de recurso para este ano. Mas o presidente tomou as providências para mudar essa realidade e concluir as obras necessárias, não só aqui no Rio Grande do Norte, mas também no restante do Nordeste e do País", disse.

O ministro informou que os investimentos federais também vão contemplar, além das grandes obras hídricas, a instalação de pequenos sistemas de abastecimento de água para atender comunidades rurais e quilombolas, aldeias indígenas e áreas extrativistas, entre outros. Haverá, ainda, ações de revitalização de bacias hidrográficas (rios, córregos) para que o Brasil tenha água em quantidade e qualidade nos próximos anos.

"O presidente Lula assumiu o compromisso de garantir água para o consumo humano, de combater a pobreza, de tirar mais uma vez o Brasil do mapa da fome e de garantir responsabilidade ambiental e de defender a democracia para nunca mais permitir que ela seja ameaçada", ressaltou Góes.

Sobre o Ramal do Apodi

O Ramal do Apodi teve sua obra iniciada há dois anos. Hoje, 27% de sua execução já foi concluída. A previsão é que a obra se estenda por 52 meses e a visita desta sexta-feira marca justamente a metade do tempo estimado para sua conclusão. No Rio Grande do Norte, o ramal receberá o túnel Major Sales (foto acima, à esquerda), com 6,3 quilômetros de extensão, ligando o estado à Paraíba.

"Essa água vai matar a sede da população e trará desenvolvimento para as regiões, como na irrigação, na pesca e na produção de alimentos", afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. "O presidente Lula e eu somos de uma geração de sobreviventes da seca, que não matava só gado, matava gente, de sede e fome. E agora tenho orgulho de garantir para vocês que o Rio Grande do Norte vai concluir a transposição e teremos 100% de segurança hídrica no estado" completou.

Também participaram do evento desta sexta-feira a primeira-dama Janja Lula da Silva, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, além de parlamentares, prefeitos e outras autoridades.


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