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Na minha rolha, ninguém mexe!

João das Botas

Por Jorge Matos em 15/09/2023 às 12:25:10

Continuo na minha árdua cruzada para ser nomeado, escolhido, escrutinado, - sei lá qual a forma utilizada para a escolha -, membro da Academia de Letras de Vera Cruz, Bahia. Se ACM (o original) foi escrutinado (eleito? escolhido?) para a Academia de Letras da Bahia, eu tenho esse direito, até porque, assim como o aludido imortal, jamais escrevi algo que prestasse. E, 'quem me conhece sabe', apesar de progressista declarado, tenho meus arroubos de conservador. E mesmo que a Polícia Federal quebre meus sigilos, fiscal e bancário, nada encontrarão além de uma parca centena de apartamentos e outros imóveis adquiridos com o suor do meu trabalho e também o suor dos passageiros do meu carro, porque nunca cedi aos apelos corruptos de que deveria ligar o ar-condicionado do meu veículo incorporado à frota da Uber.

Bem, feito o pleito, ou melhor, a exigência, podemos começar a crônica solicitada pelo ilustre decano editor deste impoluto portal, Jorge Matos. Me pede, pede não, ordena o percalço editor para eu escrever sobre como é viver sozinho nesta (digo nesta, porque neste momento estou nela) paradisíaca ilha de Itaparica, mais precisamente em Mar Grande. E eu o faço a partir do próximo parágrafo.


Salvador, vista de Mar Grande, Ilha de Itaparica, Bahia

É bom. Podia terminar neste adjetivo, mas como estou calmo e ainda não preenchi uma lauda (quem não souber o que é lauda, que se exploda) da crônica encomendada, vou me alongar um pouco: é ótimo! Aqui, sozinho, eu converso comigo mesmo, dou risadas à toa, canto desafinado, xingo o pé da cama quando esbarro nele com o dedo mindinho, e perdoo a burrice do meu vizinho que vive cheio de obviedades. Como todos os queridos leitores sabem, o obvio é triste. Ademais, o perdão é fundamental para a boa convivência das pessoas. Mas, imperdoável, extremamente irremissível, é o que fez a vinícola Miolo: tirou a rolha do Terranova "reserve grenache syrah mourvedre" que me acompanha no momentos de relax. Verdade que ando relaxando muito ultimamente e o fígado já está a dar umas pontadas reclamativas.

Senhores e senhoras da Miolo, por favor, devolvam a minha rolha! Na minha rolha, ninguém mexe! Ah, sim, sobre morar sozinho: é o 'ó do borogodó' levado ao aspecto positivo. Durmo a hora que quero; acordo a hora que quero; como o que quero na hora que quero; como já disse linhas atrás, converso comigo mesmo e sempre levo vantagem nas disputas dialéticas. Quando dá saudade das minhas filhas, que são também o meu orgulho, pego a lanchinha e em 40 minutos estou em Salvador.

E ponto final!


Se você gostou da crônica, o que demonstra um péssimo gosto, ajude o João das Botas com qualquer valor através do Pix 71994062444 (Lara Castro Matos) ele argumenta que precisa trocar os óculos.
Ass: O Editor


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