O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Saúde (MS) trabalham conjuntamente para conquistar a soberania nacional da Saúde. Nesta terça-feira (24), as titulares das respectivas Pastas, Luciana Santos e Nísia Trindade, discutiram avanços para implementação do laboratório de máxima contenção biológica, o NB4, e para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS).
"Esta é uma das agendas mais estratégicas que o país pode ter, para além do que isso impacta na vida das pessoas, porque se trata de saúde pública. Também tem a ver com a dependência (externa) que o Brasil tem dos insumos, medicamentos e equipamentos para o complexo. Temos um déficit comercial da Saúde de mais de US$ 20 bilhões", comentou a ministra Luciana Santos. "Vamos caminhar para ofertar mais serviços de qualidade para população no enfrentamento de doenças e na prevenção", completou.
Uma das medidas tomadas é a implementação do laboratório de máxima contenção biológica, o NB4, o primeiro da América Latina e o primeiro do mundo a ser conectado a uma fonte de luz sincrotron. O novo laboratório permitirá ao País monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos. O fato de ser conectado ao Sírius, acelerador de partículas, representa oportunidade única para estudos de patógenos.
A iniciativa será implantada no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que desenvolveu e opera uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sírius. Até 2026, o NB4, que está incluído no novo PAC e receberá investimentos da ordem de R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
CEIS
Outro tema abordado na reunião foi o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Em setembro, foi lançada a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do CEIS com objetivo de expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros. A maior autonomia do país é fundamental para reduzir a vulnerabilidade do setor e assegurar o acesso universal à saúde para todos.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)