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Novo PAC

Novo PAC e Minha Casa, Minha Vida 2 terão início ainda em julho

"Queremos acabar, de uma vez por todas, com o déficit habitacional nesse país", disse o presidente, durante entrevista ao SBT.


Foto: Cláudio Kbene/PR

Durante entrevista ao SBT, na quinta-feira (6), o presidente Lula anunciou o lançamento, ainda na segunda quinzena deste mês, do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida 2, que entregará 2 milhões de novas moradias para os trabalhadores e retomará as obras de 186 mil outras que estavam paralisadas.

Lula lembrou que, já no período de transição do governo, foram identificadas 14 mil obras paradas, das quais 4 mil eram de escolas. Com base nesse levantamento, disse, ele se reuniu com todos os governadores, em janeiro, e solicitou que fossem apresentadas as prioridades de projetos de infraestrutura nos estados. Além disso, sublinhou Lula, a reunião serviu para restabelecer o diálogo federativo, que havia sido interrompido no governo passado.

O presidente afirmou que o novo PAC será fundamental para reduzir o custo Brasil. "O PAC que nós lançamos em fevereiro de 2007 foi o maior programa de infraestrutura que esse país conheceu, e nós agora vamos fazer mais um grande programa de infraestrutura para ver se a gente tira o atraso do Brasil na questão do transitar das nossas riquezas, dos nossos produtos agrícolas, da nossa indústria, e fazer com que o custo Brasil diminua e que as pessoas possam ganhar um pouco mais", disse.

Lula também destacou que o novo PAC será lançado com um forte componente ambiental. "Esse PAC será uma coisa extremamente importante, e, com ele, nós vamos colocar a questão da transição energética. Nós queremos fazer um grande investimento em eólica, em biomassa, em solar, hidrelétrica, e, mais ainda, o hidrogênio verde, que é uma coisa que está se transformando na moda agora, e nós estamos construindo parcerias com vários países do mundo na construção de hidrogênio verde", detalhou.

"Então o PAC é o seguinte: o PAC é dizer que o Brasil está de volta, o crescimento econômico está de volta, o salário está de volta, e a melhoria da qualidade de vida do povo está de volta", frisou.

Lula também citou o fato de o governo passado ter investido, durante quatro anos, R$ 21 bilhões em infraestrutura. "Só neste ano, nós vamos investir R$ 23 bilhões", destacou. Em relação ao Minha Casa, Minha Vida 2, o presidente disse que a prioridade desse investimento será "acabar, de uma vez por todas, com o déficit habitacional nesse país". Também lembrou que, desde o relançamento do Minha Casa, Minha Vida, em fevereiro deste ano, já foram entregues 10 mil moradias.

O presidente reafirmou a prioridade de, ao final do seu mandato, entregar um Brasil mais desenvolvido, como o fez quando concluiu o seu segundo governo, em 2010, quando a economia do país crescia 7,5% ao ano. Contou ter determinado que os ministros viagem pelo mundo para apresentar oportunidades de investimentos no Brasil, e destacou que investidores estrangeiros já demonstraram interesse em participar de projetos no país da ordem de R$ 41 bilhões.

Reforma tributária

O presidente também foi perguntado sobre a reforma tributária – a entrevista foi feita momentos antes de a proposta ser aprovada na Câmara, na noite de quinta-feira (6). Questionado se tinha se envolvido pessoalmente nas negociações na Câmara, disse que não foi preciso e elogiou a habilidade política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "O Haddad está fazendo um papel extraordinário. Eu acho que o Haddad vai ser uma extraordinária surpresa nesse país na área econômica", enfatizou.

Lula também foi perguntado sobre o Desenrola, programa que será lançado com o objetivo de criar condições para os brasileiros pagarem suas dívidas. Ele explicou que o lançamento do programa atrasou em razão de um aplicativo cujo desenvolvimento ainda não foi concluído. Ele falou sobre a importância da iniciativa.

"O que é grave é que nós temos 72 milhões devendo, e não são dívidas grandes, são dívidas pequenas, são pessoas que muitas vezes compraram um alimento no cartão de crédito, são pessoas que devem a conta de água, são pessoas que devem a conta de luz. Então o que nós estamos tentando fazer é tentar encontrar a melhor fórmula possível para a gente legalizar outra vez a vida dessas pessoas e elas voltarem a ser cidadãos e cidadãs de primeira categoria, poder comprar outra vez, poder comprar outra vez uma coisinha fiado, para pagar em cinco meses, para pagar em quatro meses", disse o presidente. Segundo ele, queremos "apaziguar a mente do povo que está devendo".

Redação, com pt.org

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