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Crônica

O Brasil das goiabeiras

De como as folhas do pé de goiaba "fundaram" o Brasil


Foto: Facebook

Seria ela, a goiabeira, responsável pela "independência" do Brasil? Coloco "independência" assim, entre aspas, porque não estou convicto de que a independência, na essência da palavra, de fato, exista.

No período em torno do ano de 1822, o Brasil tinha tudo para não dar certo. E talvez não tenha dado certo mesmo, mas isso veremos mais adiante. Antes, vamos voltar à história da goiabeira; essa que deveria ser a árvore que representa o Brasil, e não o pau-brasil que, acho, nem frutos dá. Dá apenas uma tinta de tonalidade vermelha, provavelmente comunista, diria meu amigo Rogério Câncio, e acrescentaria o tomate, este seguramente marxista e, pior, stalinista; pior ainda: petista!

Voltemos à história, antes que eu me irrite mais ainda com jambos e rabanetes: no dia sete de setembro de 1822, o príncipe regente, D. Pedro I, estava voltando de Santos, onde fora visitar a Marquesa de Santos, que nem marquesa ainda era, mas já dava indícios de que seria, subia a serra com destino a São Paulo, quando foi acometido de uma fortíssima caganeira. É isso mesmo: a nobre caganeira teria imperial importância na história do patropi. Mas, justiça seja feita, não foi uma caganeira simplória, como as que acometem regularmente um certo presidente. Foi uma caganeira real, nada "fakeana".

Conta o historiador Laurentino Gomes no seu ótimo livro "1822" que D. Pedro foi informado de que as cortes portuguesas - que era quem mandava em Portugal, já que D. João VI era um bosta-, exigiam seu imediato retorno a Portugal. Ora, naquele tempo, uma viagem a Portugal, se os ventos ajudassem, demoraria uns três meses; mais três meses para o retorno, somados aos dias que teria que ficar lá... bem, adeus Carnaval, adeus Imperatriz Leopoldinense! Adeus jogo do Flamengo!!! Acreditam os mais letrados que essa convocação teria sido a causa da insidiosa caganeira.

Impossibilitado de viajar naquele estado, sugeriram a D. Pedro – acredita-se que foi Dona Damares I, tataravó da atual, quem sugeriu – que o futuro imperador fizesse uso do chá das folhas de goiabeira. Desesperado por não encontrar uma farmácia aberta, o príncipe regente acabou aceitando a sugestão, tomou o tal chá e pode, finalmente, voltar a São Paulo, mas não sem antes fazer algumas paradas para "ir no mato", uma vez que o chá funciona, mas não é assim, de imediato.

Numa dessas idas ao mato, dizem, acabado o estoque de papel higiênico, D. Pedro, ainda inexperiente, limpou-se com folhas de cansanção. O resultado, todos conhecemos: o famoso "grito do Ipiranga", que viria a ficar mais famoso ainda anos depois, ao tornar-se o time do coração de Jorge Amado lá na Bahia.

Quanto ao Brasil ter dado certo ou não, fica para outra história...

(04.08.2021)

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